junho 29, 2011



— «Via perfilar-se a cosa mentale, [ ] e pude então afirmar que compreendera. O prazer sexual não só era superior, em requinte e violência, a todos os outros prazeres que a vida podia comportar; não só era o único prazer não acompanhado de danos para o organismo, como contribuía, pelo contrário, para o manter ao mais alto nível da vitalidade e da força; era na verdade o único prazer, o único objectivo da existência humana, e todos os outros — associados a alimentos de luxo, ao tabaco, às bebidas alcoólicas ou à droga — eram apenas compensações irrisórias e desesperadas, mini-suicídios que não tinham a coragem de se nomear, tentativas para destruir mais rapidamente um corpo que já não tinha acesso ao prazer único.»

Michel Hoellebecq, op.cit.,p.320

junho 26, 2011


NGC 3132: The Eight Burst Nebula

«A nossa pertença a um espaço comum estava destinada a permanecer puramente teórica; nenhuma daquelas pessoas se deslocava num campo de realidade com o qual pudéssemos interagir, fosse de que maneira fosse; não tinham mais existência aos nossos olhos do que se fossem imagens num ecrã de cinema, diria mesmo menos.»

Michel Houellebecq, A possibilidade de uma ilha,
Lisboa, Public. Dom Quixote, p.215

junho 25, 2011


Imagem in blog Mar à Vista

«Ninguém pode ler dois mil livros.
... Aliás não é ler que importa, mas reler.»


JL Borges, O Livro de Areia

junho 20, 2011




«Ninguém se lembraria de explicar o movimento
por considerações de cor,

ao passo que o contrário
é ou foi tentado.



Há, pois diversidade.

Talvez por sermos fonte de movimentos,
e não de cores - e este poder ser

condição de explicação

(Paul Valéry, Op. cit., p. 103)

junho 17, 2011



«Não leio no jornal
aquele drama sonoro, aquele sucesso
que faz palpitar os corações.

A que lado me levariam, senão
ao verdadeiro limiar destes problemas abstractos
em que já me encontro instalado por inteiro?»



(Paul Valéry, O senhor Teste, Relógio d'Água, 1985, p. 53)

junho 08, 2011


Serge Latouche, Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno,
(«Petit Traité de la Décroissance Sereine», 2007),
Trad. Victor Silva, Edições 70, Lisboa, 2011


Eis um título que me suscitou curiosidade por propor um resultado que nunca vi defendido embora o suspeite necessário: um decrescimento sereno! Sempre considerei que o capitalismo produz uma importante porção de bens e serviços que não serve para nada, de utilidade nula!

Por outro lado, repugnou-me desde novo a desenfreada mercantilização de cada segmento de prazer, apropriando-se os capitalistas da natureza, para cobrar preços por actividades que, — sei —, são livres e exercidas gratuitamente nos países menos desenvolvidos; rarificam assim a abundância natural, pelo fraccionamento de serviços e bens, que passam a vender a preços desmesurados aos povos já subjugados pelo comércio capitalista.

Por fim, sempre fui e sou consciente da validade objectiva da lei de Malthus, que é aliás logicamente incontroversa, porque não pode haver nenhum desenvolvimento ilimitado de qualquer singularidade dependente dum meio finito, limitado!

Por estas razões, era grande a minha curiosidade de ver como o autor trataria estes “adquiridos” do meu pré-juízo e como proporia o que se me afigurava deveras adequado: um descrescimento da produção, particularmente a dos bens e serviços inúteis! :)

(continua)
[vide abaixo]
(continuação 1)





Serge Latouche ilustra a eminência da catástrofe ecológica no planeta com o fenómeno do crescimento de uma alga verde num lago. Supondo uma duplicação anual da alga na superfície do lago, uma alga inicial ocupando a nonagésima terceira bilionésima parte da área lacustre, ocupar-lhe-á toda a superfície ao fim de trinta anos. É o desenvolvimento de um ser vivo em progressão geométrica de razão dois num meio finito como o do lago, nele gerando a eutrofização da água, asfixia da vida subaquática e a morte do sistema lacustre.

Vejam-se os termos da progressão geométrica

S=1= Superfície total do lago.
A0 = área da alga inicial implantada no lago= 93/100 000 000 000=
=9.3^10^-10=1/(2^30)=2^-30
(Nota:— O sinal “^” lê-se «elevado a»).

A área da alga no lago,
no final de cada ano,
progride como segue:

A1= 2x(2^-30)=2xA0
A2= 2xA1=2x2xA0=2^2xA0
A3= 2xA2=2x2x2xA0=2^3xA0
...
An= área da alga no final do nº ano= 2^nxA0
...
A24= 2^24xA0=2^-6=1.5625%
A25= 2^25xA0=2^-5=3.125%
A26= 2^26xA0=2^-4=6.25%
A27= 2^27xA0=2^-3=12.5%
A28= 2^28xA0=2^-2=25%
A29= 2^29xA0=2^-1=50%
A30= 2^30xA0=2^-0=100%

Ou seja, enquanto que para alcançar a cobertura de pouco mais de 3% da superfície do lago, a alga demorou duas décadas e meia, daí em diante o crescimento é galopante e num lustro a vida lacustre extingue-se.




Serge Latouche contrapõe a este destino ameaçador, a sabedoria de um outro ser vivo, o caracol, que para lá de ensinar a lentidão, ilustra como se inverte uma progressão de crescimento: o caracol constrói a arquitectura delicada da sua casca acrescentando sucessivamente espirais cada vez maiores; porém, bruscamente, inicia enrolamentos decrescentes, assim contendo o crescimento da casca nos limites da sua finalidade vital.

Conclui o autor: «Este afastasmento do caracol em relação à progressão geométrica, que, no entanto, abraçara durante algum tempo, aponta-nos o caminho para pensar uma sociedade do “decrescimento”, se possível serena e convivial.»

op. cit., pp.35-37.

(continua)
[vide abaixo]
(continuação 2)

Concordando embora quer com este diagnóstico malthusiano da coexistência precária do homem no planeta quer com a necessidade da inversão do sistema produtivista global e irrestrito, mantenho forte resistência à ecolatria dos novos cultos ecológicos.

Aplaudo sem reservas as medidas que reduzam o desperdício de energia, as que penalizem as despesas de publicidade, a abolição da obsolescência programada, a irrestrição do crédito, a par das que impulsionam a multiplicação de bens relacionais, como a amizade, a instrução e a ciência.

A relocalização de inúmeras actividades na proximidade dos núcleos habitacionais, restringindo as grandes superfícies comerciais, o restauro da agricultura camponesa, encorajando o consumo da produção mais local, mais sazonal e tradicional são medidas positivas de um eficaz decrescimento enquanto programa político.



Muito importante, as externalidades negativas da sociedade moribunda do crescimento têm de ser tributadas por taxas que “internalizem” nos custos dos seus agentes os danos que provocam à colectividade — inversamente, devem os agentes ser recompensados com subsídios pelos efeitos externos positivos que geram na comunidade. Este é o princípio do poluidor-pagador, que o Prof. Arthur Cecil Pigou, um economista ortodoxo, foi o primeiro a defender para que se atinja o óptimo, o bem-estar máximo do conjunto dos consumidores e produtores.


De certo modo, quase direi que limito a especifidades deste tipo o que de válido porventura há no ecológico “decrescimento sereno” de Serge Latouche.


(continua)
[vide abaixo]
(continuação 3)



No último capítulo do seu Pequeno Tratado, Serge Latouche interroga-se se o Decrescimento é um Humanismo. Aparentemente, defende que não, embora tente que não seja um anti-humanismo nem um anti-universalismo. Consegue-o? Não sei; mas por mim, eu limito-o pragmaticamente à condicionalidade social do princípio poluidor-pagador, defendido por Pigou há mais de oitenta anos.

Na verdade, os ecologistas rejeitam o «antropocentrismo das Luzes» e vinculam-se a um «ecocentrismo total»: - os seres humanos são uma das múltiplas espécies viventes e a sua realidade substancial não passa de um «denominador comum» dos seres humanos particulares realmente existentes.

Esta posição reconduz-nos ao debate metafísico do realismo aristotélico versus o de Platão. Para este, a realidade da humanidade não se limita à simples existência da espécie, porquanto há uma humanidade dos seres como seres humanos que independe dos seres humanos concretos (presentes, passados ou futuros), ou seja a substância do tipo «ser humano» é conceptualizável como uma abstracção e não como mero atributo comum de seres que existem de facto, como defende Aristóteles.

Enquanto a concepção aristotélica integra o homem no particularismo da sua cultura, religião, comunidade, relativizando as diferentes sociedades por um respeito equalizado por todas, independentemente das suas diferenças serem desprezáveis ou estimáveis, a concepção platónica aceita invariantes transculturais inquestionáveis como, por exemplo, os direitos do Homem, a democracia, a economia, repudiando o “comunitarismo” das culturas concretas, cujo relativismo “legitima e alimenta a barbárie” (Maryam Namazie)

Serge Latouche procura não ceder a nenhuma ecolatria buscando um meio termo entre a sacralização animista da natureza e o antropocentrismo, não tratando «os animais e as coisas como pessoas nem as pessoas como coisas (como o faz a tecnoeconomia). Há respeito pelas coisas, os seres e as pessoas», ou seja um verdadeiro ecoantropocentrismo, imprescindível à propria sobrevivência da humanidade.


(fim)
[vide abaixo, pos-escrito]

«O semelhante reconhece o semelhante.»

Pós-escrito: — Têm todos os universais exemplos
ou haverá universais não exemplificados?

Os realistas dividem-se quanto à resposta a dar a esta questão (Q):

(Q) há universais que não são exemplificados (E) por nada?

O realismo platónico responde que sim:
há propriedades universais que não são exemplificadas por nenhuma coisa.


O realismo aristotélico responde que não:
toda a propriedade universal é exemplificada, pelo menos, por uma coisa.

Note-se que é comum às duas correntes do realismo
admitir a existência de universais.

E, também, o próprio predicado E = “é exemplificado por”
deve ser interpretado num sentido intemporal, i.e., no sentido
de ter sido (passado) ou estar a ser (presente) ou vir a ser (futuro) exemplificado.


Um argumento a favor do realismo platónico é o da perfeição.
Nenhuma figura ou forma ou qualquer facto empírico
é a expressão perfeita das propriedades que exprime;
logo, os universais são necessários porque só com eles
os particulares exemplificados podem ser explicados.

Contudo, poderá replicar-se que, pelo menos, em alguns casos,
haverá particulares perfeitos. Ora, é bem possível: o próprio Platão,
o primeiro filósofo que de algum modo abordou a questão de estética
na cultura ocidental, admitia que o belo sensível era uma expressão
directa do Bem Supremo no mundo das sombras dos sentidos! :))

Outro argumento a favor do realismo platónico é o de que,
propriedades e relações não exemplificadas, podem ser
indispensáveis do ponto de vista da explicação causal,
científica. Aliás, como mostrou Hume e Quine, o nexo causal
entre dois acontecimentos, não sendo nem uma necessidade lógica,
nem uma relação observável intrinsecamente, é sempre
uma relação abstracta que obtém satisfação
na conjunção constante observada
do par ordenado causa-efeito.

No plano realista, a liberdade conceptual de inventar objectos abstractos, numa operatória simbólica prévia, e subtraída com sobriedade aos constrangimentos empíricos é, na minha opinião, uma condição de criatividade e investigação, de experiência de pensamento, qualitativamente superior às limitações do realismo aristotélico, e como tal, preferível.

junho 06, 2011

«É então que o problema da morte nos toca; mas sentia-me indiferente perante ela, com a mesma irónica impassibilidade que percorre o rosto de Rosina no seu confronto com o esqueleto. No fundo, [ ] sentia-me no lugar do corpo que na Lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp de Rembrandt, é objecto de um discurso sobre os mecanismos da vida; mas esse discurso só pode ser feito quando o coração deixou de bater, e o instrumento cirúrgico do anatomista desvenda os enigmas da circulação do sangue e de ideias que constitui a realidade de uma pessoa.»


Rembrandt, De Anatomische les van Dr. Nicolaes Tulp, 1632

«Também na Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp o escalpelo começa o seu trabalho oelo baixo-ventre, pondo para fora o intestino do cadáver de Adriaan Adriaansz, mais conhecido por Het Kint, que fora posto à disposiçaõ do médico após ter sido enforcado. Não sei que crime terá sido cometido [ ]. No entanto, essa condenação fez com que o seu corpopermanecesse para além da vida, deitado na mesa do teatro anatómico do Dr. Nicolaes Tulp, sob os olhos atentos de sete discípulos que parecem ofuscados pela brancura do morto, onde só os lábios têm a púrpura da morte.»


Nuno Júdice, O Anjo da Tempestade,
Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2009;
pp. 119; 131

junho 05, 2011

«[ ] como nessa alegoria de Antoine Wiertz em que a mulher nua, com uma flor a prender o cabelo, e o sexo escondido por uma túnica que lhe desce do braço para as coxas, enfrenta um esqueleto, olhando fixamente a caveira que, num esgar sorridente, prende toda a atenção de Rosina cujo rosto, de perfil, me evoca a explicadora de francês.»


Antoine Wiertz, Deux jeunes filles—La Belle Rosine (1847)

«[ ] se, no quadro de Antoine Wiertz, eu me preocupasse apenas em saber quem era Rosina, e por que razão ela se encontrava, seminua, em frente de um esqueleto, desceria ao anedótico em que o universal se perde. Assim, na perspectiva da Arte, o que importa é esse jogo de espelhos em que a mulher de corpo perfeito tem, subitamente, uma imagem do seu destino mortal; e cada um de nós poderá pensar na efemeridade da beleza, e na fugacidade daquilo que consideramos perfeito.»

Nuno Júdice, O Anjo da Tempestade,
Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2009;
pp. 88-89; 91-92; 122.

junho 04, 2011

«Ela olhar-me-ia com os olhos de Isabelle d’Este, e eu desejaria sentar-me na sua mesa, pegar-lhe nas mãos, com os dedos ainda fechados, e sentir a sua pulsação que arrancar ao piano a música que eu me lembro de ouvir, vinda até mim pela janela aberta de uma sala com as cortinas semicerradas, à espera que o silêncio se fizesse e ela as abrisse para me revelar o seu vulto, idêntico ao desse quadro de Ticiano que já não sabia se chegara a ver, no Museu de Viena, na tarde em que o comboio parou num descampado a caminho de Salzburgo.»


Ticiano (Italian 1490-1576), Isabella d'Este, Duchess of Mantua 1536

«O que mais temos de desejar, então, quando as coisas vêm bater à nossa porta, dando-nos as chaves que abrem os códigos mais secretos para ler o futuro e o passado dos seres que queremos conhecer? Foi isto que me perguntei quando dei por que Isabelle d’Este desaparecera, na passagem entre o comboio parado e a camioneta que me levaria a outra estação para apanhar outro comboio que me levaria a Salzburgo; a não ser que ela não fosse Isabelle d’Este, mas uma simples empregado do Museu, contratada temporariamente para substiuir alguém que metera férias, e que vira em mim uma possibilidade de fuga, muito emboraeu não possa saber o que é que possa levar alguém a querer fugir de Viena para Salzburgo.»

Nuno Júdice, O Anjo da Tempestade,
Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2009; pp.64;99.

junho 03, 2011

«Isto é, em cada novo parágrafo, segundo escrevi nesse caderno da Joseph Gibert que me desapareceu, teria de encontrar uma nova ideia para desenvolver. No fundo, é este o princípio da criação; e procurei segui-lo nessa manhã, depois de perder as duas mulheres, uma por entre a luz intensa de uma rua em que ela se metera, e a outra depois de ter ido retocar a pintura dos olhos, nessa casa de banho de um café de onde saí o tempo suficiente para que ela se cansasse de me esperar.»



«Pergunto, então, para quem escrevo? E se não tenho uma resposta, não é porque não houvesse um destinatário para esse caderno de pautado francês, em que desenvolvi a minha relação entre eu e tu, interrogando-me sobre a ausência de plural no meu universo de referência. Só não sei qual delas, Isabelle, Rosina ou a explicadora de francês, se encontrava no horizonte das minhas dúvidas. Por isso o entreguei à explicadora de francês, para que ela lhe desse um destino. No fundo, tudo começara com as suas lições, e com essa imagem de um perfil da tocadora de piano, numa pausa de música, à janela em que a fixei, e o seu rosto veio ao encontro de um arquétipo de beleza que eu imaginava, e que ela materializou no meu espírito, sem que nunca o soubesse.»


Nuno Júdice, O Anjo da Tempestade,
Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2009; pp. 141; 147

junho 02, 2011



«TIAGO — Que o diabo me leve se não houver uma causa. O meu capitão dizia: «Ponham uma causa, logo se lhe segue um efeito; a uma causa fraca, um fraco efeito; a uma causa momentânea,
o efeito de um momento; a uma causa intermitente, um efeito intermitente; a uma causa contrariada, um efeito frouxo; a uma causa cessante, um efeito nulo.»
O AMO — Mas parece-me que sinto dentro de mim que sou livre,
como sinto que penso.
TIAGO — O meu capitão dizia: «Sim, agora que nada lhe apetece,
é capaz de se deitar debaixo do cavalo?»
O AMO — Sou capaz disso.
TIAGO — Algremente, sem repugnância, sem esforço,
como gostaria de descer à porta de um albergue?
O AMO — De maneira nenhuma; mas que importa,
desde que me atire e que prove que sou livre?
TIAGO — O meu capitão rebatia: «Qual quê!,
não vê que se não fosse a minha contradição nunca lhe passaria pela cabeça a fantasia de partir o pescoço? Sou eu, portanto, quem o agarra pelo pé e o atira para fora de sela. Se a sua queda prova alguma coisa, não é que seja livre, mas antes doido.» O meu capitão acrescentava ainda que o gozo de uma liberdade que se pode exercer sem motivo seria a prova de verdadeira tendência maníaca.»

:)

Denis Diderot, Tiago, o Fatalista,
trad. João Fonseca Amaral,
Editorial Estampa, 1988, p.219

junho 01, 2011



«Como é que eles se encontraram?
Por acaso, como toda a gente.

Como se chamavam?
Isso que lhe importa?

Donde vinham?
Do lugar mais próximo.

Para onde iam?
Dar-se-á o caso de a gente saber para onde vai?

Que diziam? O amo, nada; Tiago dizia que o seu capitão
afirmava que tudo o que nos acontece, cá em baixo,
de bem ou de mal, está escrito lá em cima.»

:)

Denis Diderot, Tiago, o Fatalista,
trad. João Fonseca Amaral,
Editorial Estampa, 1988, p.9