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setembro 20, 2009


Jean Serge Seiler, "Le fleuve de la vie"

«O homem que vive entre a terra e o ar
e que é feito de água
vive prisioneiro como o rio,
que tem terra por baixo e ar por cima.

O rio é como o homem.»


Mercè Rodoreda, A Morte e a Primavera,
Lisboa, Relógio d´Água, 1992, p. 83

setembro 19, 2009


«eu não estou em sítio algum… mas por ter sido,
alguma coisa resta… numa pedra da floresta
há ainda um sinal de mim… não estou
em sítio algum mas nalgum sítio
alguma coisa ficou de mim…»

Mercè Rodoreda, A Morte e a Primavera,
Lisboa, Relógio d´Água, 1992, p. 155

setembro 18, 2009

Ainda a propósito do belo pensamento de Schopenhauer
subscrito pelo blog Direito e Avesso, lembro
este impressivo enunciado de Leibniz
do seu Discurso de Metafísica:

«Cada substância singular exprime todo o universo à sua maneira
e ( ) na sua noção estão compreendidos todos os seus

acontecimentos, com todas as suas circunstâncias
e toda a sequência das coisas exteriores.» (§ IX)

ou, nas palavras da escritora catalã,
Mercê Rodoreda, em A Morte e a Primavera, p.149

«… e cravei o ferro à altura do meu coração e a minha vida
ficou fechada. E eu posso começar a contar a minha vida
por onde quiser, posso-a contar de uma forma diferente…
mas faça o que fizer a minha vida ficou fechada…
não posso mudar nada da minha vida.

A morte fugiu pelo coração e
quando já não tinha a morte
dentro de mim,
morri…»

:))