fevereiro 29, 2012

Livro de Ester, 7, 7-8

O rei levantou-se irado, e do lugar do banquete passou ao jardim do palácio. Aman ficou para rogar à rainha Ester pela própria vida, porque reconheceu que o rei tinha resolvido a sua ruína. Tendo Assuero voltado do jardim do palácio e entrado na sala do banquete, encontrou Aman que se tinha lançado no leito (ou sofá), em que estava Ester (durante o banquete), e disse: Até, estando eu presente, quer na minha própria casa fazer violência à rainha? Ainda não tinha saído da boca do rei esta palavra, quando logo lhe cobriram a cara (como condenado à morte). (7, 7—8)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Festival of Esther, Edward Armitage, 1865
«Até, estando eu presente, quer na minha
própria casa fazer violência à rainha?»

fevereiro 28, 2012

Livro de Ester, 7, 1-6

Entraram, pois, o rei e Aman, para o banquete de Ester. Também neste segundo dia o rei, enquanto bebia o vinho, disse-lhe: Que petição é a tua, ó Ester, para que te seja concedida? Que queres que se faça? Ainda que peças metade do meu reino, a terás. (7, 1—2)

Ester respondeu-lhe: Ó rei, se eu achei graça aos teus olhos, se assim te apraz, concede-me a minha vida, pela qual te rogo, e do meu povo, pelo qual intercedo. Eu e o meu povo estamos condenados a ser destroçados, degolados, exterminados. Oxalá fossemos ao menos vendidos como escravos e como escravas; este mal seria suportável, e gemendo me calaria; mas agora temos um inimigo cuja crueldade recai sobre o mesmo rei. (7, 3—4)

Respondendo o rei Assuero, disse: Quem é e onde está esse, cujo coração medita tais coisas? Então Ester disse: O nosso inimigo e perseguidor é este perverso Aman. Aman, ouvindo isto, ficou logo aturdido, não podendo suportar os olhares do rei nem da rainha. (7, 5—6)



Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Rembrandt van Rijn (1606-1669), Ahasveros e Hamã ao banquete de Ester
«Entraram, pois, o rei e Aman, para o banquete de Ester»

fevereiro 27, 2012

Parece-me que já sei regressar à versão antiga do blogger...
A aplicação do blogger está inoperacional ou cheia de disfuncionalidades! Interrompo a edição de mensagens e postais. Até breve, espero!

Livro de Ester, 6, 12-14

Mardoqueu voltou para a porta do palácio, e Aman retirou-se a toda a pressa para sua casa, chorando e com a cabeça coberta (em sinal de dor). Contou a Zarés, sua mulher, e aos amigos tudo o que lhe tinha acontecido. Os sábios, com quem ele se aconselhava, e sua mulher responderam-lhe: Se este Mardoqueu, diante do qual tu começas a cair, é da linhagem dos Judeus, tu não lhe poderás resistir, mas cairás diante dele. Enquanto eles ainda falavam, chegaram os eunucos do rei, e obrigaram-no a ir à pressa ao banquete que a rainha tinha preparado. (6, 12—14)

Bíblia Sagrada, Antigo Testamento
, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«Se este Mardoqueu, diante do qual tu começas a cair,
é da linhagem dos Judeus, tu não lhe poderás resistir,
mas cairás diante dele.»

fevereiro 26, 2012

Livro de Ester, 6, 3-11

O rei passou aquela noite sem dormir, e mandou que lhe trouxessem o livro dos Anais, as Crónicas. Quando se fazia a leitura, diante dele, chegou-se áquele lugar onde estava escrito como Mardoqueu tinha descoberto a conjuração dos eunucos Bagatan e Tares, que tinham querido assassinar o rei Assuero. (6, 1—2)

Tendo ouvido isto, o rei disse: Que honra e que recompensa recebeu Mardoqueu por tanta fidelidade? Os seus servos e ministros disseram-lhe: Não recebeu nenhuma recompensa. O rei imediatamente disse: Quem está na antecâmara? Ora Aman tinha entrado no átrio interior da casa real, para sugerir ao rei que mandasse pôr Mardoqueu no patíbulo, que lhe tinha preparado. Os criados responderam: Aman está na antecâmara. O rei disse: Que entre. (6, 3—5)

Tendo entrado Aman, o rei disse-lhe: Que deve fazer-se áquele homem, a quem o rei deseja honrar? Aman, pensando no seu coração que o rei nenhum outro queria honrar senão a ele, respondeu: O homem, a quem o rei deseja honrar, deve tomar vestes reais, montar sobre um cavalo dos que o rei monta, levar sobre a sua cabeça um diadema real; o primeiro dos príncipes do rei leve pelas rédeas o seu cavalo e, indo pela praça da cidade, diga em voz alta: Assim é que será honrado todo aquele a quem o rei quiser honrar. (6, 6—9)

O rei disse-lhe: Vai depressa, toma o manto real e o cavalo, e faz tudo o que disseste ao judeu Mardoqueu, que está sentado diante da porta do palácio. Vê, não omitas coisa alguma das que disseste. Tomou, pois, Aman o manto real e o cavalo, ia adiante e clamava: É digno desta honra aquele a quem o rei quiser honrar (6, 10—11)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Jean-François de TROY, Le Triomphe de Mardochée, 1739
«É digno desta honra aquele a quem o rei quiser honrar»

fevereiro 25, 2012

Livro de Ester, 5, 7-14

Ester respondeu-lhe: A minha petição e os meus rogos são estes: Se alcancei graça diante do rei, se ao rei lhe apraz conceder-me o que peço e satisfazer a minha petição, venha o rei e Aman a banquete que lhes tenho preparado, e amanhã declararei ao rei a minha vontade. (5, 7—8)

Saiu, pois, Aman naquele dia alegre e contente. Mas tendo visto Mardoqueu sentado diante da porta do palácio, que não só não se tinha levantado para o cortejar, senão que nem sequer se tinha movido do seu assento, irritou-se em extremo. Dissimulando a ira, voltou para sua casa, convocou os seus amigos e Zarés, sua mulher, (5, 9—10)

Depois disse: A rainha Ester a nenhum outro chamou para o banquete com o rei, senão a mim, e amanhã tenho de me sentar também à sua mesa com o rei. Todavia, embora tenha tudo isto, nada me parece ter, enquanto vir o judeu Mardoqueu sentado diante das portas do palácio. (5, 12—13)

Zarés, sua mulher, e os outros responderam-lhe: Manda levantar uma grande viga de cinquenta côvados de altura, e diz amanhã, de manhã, ao rei que mande dependurar nela Mardoqueu. Assim irás alegre para o banquete com o rei. Agradou-lhe o conselho, e mandou que se preparasse o madeiro. (5, 14)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«Manda levantar uma grande viga de cinquenta
côvados de altura, e diz amanhã de manhã ao
rei que mande dependurar nela Mardoqueu.»

fevereiro 24, 2012

Livro de Ester, 5, 1—3

Ao terceiro dia Ester tomou os vestidos reais e apresentou-se no átrio interior do palácio real, defronte da câmara do rei. [ ] Tendo visto a rainha Ester de pé, olhou-a com agrado e estendeu para ela o ceptro de ouro, que tinha na mão. [ ] O rei disse-lhe: Que queres tu, rainha Ester? Que petição é a tua? Ainda que me peças metade do reino, te será dada. (5, 1—3)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«… e apresentou-se no átrio interior do palácio real,
defronte da câmara do rei.»

fevereiro 19, 2012

Livro de Ester, 4, 15-16

De novo mandou Ester dizer a Mardoqueu estas palavras: Vai e junta todos os Judeus, que achares em Susa, e orai todos por mim. Não comais nem bebais durante três dias e três noites, e eu jejuarei da mesma sorte com as minhas servas; depois disto irei ter com o rei, embora contra a lei, sem ser chamada; se dever morrer, morrerei. (4, 15—16)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«depois disto irei ter com o rei, [ ] sem ser chamada;
se dever morrer,
morrerei»

fevereiro 18, 2012

Livro de Ester, 4-1; 3; 4-8; 9-14

Mardoqueu, tendo sabido isto, rasgou as suas vestes, vestiu-se de saco, cobrindo a cabeça de cinza; depois percorreu a cidade, soltando grandes gritos de dor. (4, 1)

Em todas as províncias, cidades e lugares [ ] era grande a consternação entre os Judeus: jejuavam, choravam, lamentavam-se, utilizando, muitos deles, para seu leito, saco e cinza. (4, 3)

As criadas de Ester e os eunucos entraram a dar-lhe a notícia (do que Mardoqueu fazia). [ ] Ester, chamando o eunuco Atac, [ ], mandou-lhe que fosse ter com Mardoqueu [ ] Este [ ] Deu-lhe [ ] uma cópia do edito, que estava afixado em Susa, respeitante à sua exterminação, e para a exortar a que fosse apresentar-se ao rei e intercedesse pelo seu povo, (4, 4—8)

Atac veio referir a Ester tudo o que Mardoqueu lhe tinha dito. Ela ordenou-lhe que dissesse a mardoqueu: Todos os servos do rei e todas as províncias que estão debaixo do seu domínio sabem que se alguém, homem ou mulher, entrar, sem ser chamado, na câmara do rei, no mesmo ponto, sem remissão alguma, é morto, excepto se o rei estender para ele o seu ceptro de ouro, em sinal de clemência, e lhe salvar assim a vida. Como poderei eu, pois, ir ter com o rei, quando já já trinta dias que ele me não chama para junto de si?
(4, 9—11)

Mardoqueu, tendo ouvido isto, mandou novamente dizer a Ester: Não te persuadas que, por estares na casa do rei, escaparás à morte, tu só, entre todos os Judeus; com efeito, se tu agora te calares, por outro caminho se salvarão os Judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis. E quem sabe se porventura foste elevada a rainha, para que estivesses pronta em tal conjuntura?
(4, 12—14)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Esther and Mordecai, Aert de Gelder, 1685
«Não te persuadas que, por estares na casa do rei,
escaparás à morte, tu só, entre todos os Judeus»

fevereiro 17, 2012

Livro de Ester, 3, 5-6; 8-11

Aman ao ver que Mardoqueu não dobrava os joelhos nem se prostrava diante dele concebeu grande ira; porém [ ], porque tinha ouvido dizer que era judeu de nação, quis antes acabar com todo o povo de (que era filho) Mardoqueu, com todos os judeus que viviam no reino de Assuero.
(3, 5—6)

Então Aman disse ao rei Assuero: Há um povo disperso por todas as províncias do teu reino, que vive separado de todos os outros, que pratica novas leis e cerimónias, e que, além disso, despreza as ordens do rei. Não é do interesse do rei deixar essa gente em sossego. Se te apraz, ordena a sua perda, e eu pesarei aos tesoureiros do teu erário dez mil talentos (provenientes da confiscação dos bens dos judeus). Então o rei tirou do seu dedo o anel que costumava trazer, e deu-o a Aman, filho de Amadati, da linhagem de Agag, inimigo dos Judeus, e disse-lhe: O dinheiro que prometes seja teu, e relativamente ao povo faz o que quiseres. (3, 8—11)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«Então Aman disse ao rei Assuero: Há um povo disperso
por todas as províncias do teu reino, que vive separado
de todos os outros, que pratica novas leis e cerimónias,
e que, além disso, despreza as ordens do rei.»

fevereiro 16, 2012

Livro de Ester, 2, 21-23; 3, 1-2

Naquele tempo, pois, em que Mardoqueu estava à porta do rei, mostraram-se mal contentes [ ] dois eunucos do rei, que eram porteiros, [ ] e intentaram levantar-se contra o rei e matá-lo. Isto foi sabido por Mardoqueu, o qual imediatamente deu parte à rainha Ester, e ela ao rei em nome de Mardoqueu [ ].Fizeram-se as as investigações, e averiguou-se ser verdade; ambos foram pendurados numa forca. [ ] (2, 21—23)

Depois destes acontecimentos, o rei Assuero exaltou Aman, filho de Amadati, que era da linhagem de Agag, e pôs o seu assento sobre todos os grandes que o cercavam. Todos os servos do rei, que estavam à porta do palácio dobravam os joelhos, prostravam-se diante de Aman, porque assim lhes tinha ordenado o imperador; só Mardoqueu não dobrava os joelhos nem se prostrava diante dele (por considerar isto um acto de idolatria). (3, 1—2)



Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Jean-François de TROY, Le Dédain de Mardochée envers Aman 1740
«só Mardoqueu não dobrava os joelhos nem se prostrava diante dele»

fevereiro 15, 2012

Livro de Ester, 2, 10-17

Ester não lhe quis descobrir de que terra, nem de que nação era, porque Mardoqueu tinha-lhe ordenado que guardasse nisso um grande segredo. (2, 10)

Passado, pois, um certo tempo, estava já próximo o dia em que devia ser apresentada ao rei Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu, a qual este tinha adoptado por filha. (2, 15)

Foi, pois, levada à câmara do rei Assuero no décimo mês, chamado Tebet, no sétimo ano do seu reinado. O rei amou-a mais do que a todas as outras mulheres, e ela achou graça e favor diante dele, mais que todas as mulheres; pôs-lhe sobre a cabeça a coroa real e constituiu-a rainha no lugar de Vasti. (2, 16—17)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«O rei amou-a mais do que a todas as outras mulheres,
e ela achou graça e favor diante dele»

fevereiro 14, 2012

Livro de Ester, 2, 1-9

Passadas assim estas, quando a ira do rei estava já aplacada, lembrou-se ele de Vasti, do que ela tinha feito e do que tinha sofrido (2, 1)

Então os servos do rei e os seus ministros disseram: enviem-se por todas as províncias pessoas, que escolham donzelas formosas e virgens [ ] e tragam-nas à cidade de Susa; ponham-se na casa das mulheres, sob o cuidado do eunuco Egeu, que está encarregado de guardar as mulheres do rei, e aprontem-se-lhe todos os seus atavios e tudo o necessário para o seu uso. Aquela que entre todas mais agradar aos olhos do rei, essa será rainha em lugar de Vasti. Agradou este parecer ao rei, e mandou-lhes que fizessem conforme tinham aconselhado. (2, 2—4)

Havia na cidade de Susa um homem judeu, chamado Mardoqueu, filho de Jair [ ], da linhagem de Benjamim, o qual tinha sido deportado de Jerusalém naquele tempo em que Nabucodonosor, rei da Babilónia, tinha feito levar para esta cidade a Jeconias, rei de Judá. Tinha ele criado Edissa, filha de seu irmão, chamada por outro nome Ester, órfã de pai e mãe; era em extremo formosa e de aspecto gracioso. Depois do falecimento de seu pai e sua mãe, Mardoqueu tinha-a adoptado por filha. (2, 5—7)

Tendo-se, pois, publicado por toda a parte o mandato do rei, e levando-se a Susa, segundo a sua ordem, muitas donzelas formosíssimas [ ], levaram-lhe também Ester entre as outras donzelas, para ser guardada com as mulheres. Ela agradou-lhe e achou graça aos seus olhos. Ele apressou-se a dar-lhe o necessário ao seu adorno e subsistência, assim como sete donzelas das de melhor parecer da casa do rei (para a servirem), e mandou-a com elas para o melhor aposento da casa das mulheres. (2, 8—9)





Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Theodore Chasseriau, La Toilette d'Esther (1841)
«Ele apressou-se a dar-lhe o necessário ao seu adorno e subsistência,
assim como sete donzelas das de melhor parecer da casa do rei»

fevereiro 13, 2012

Livro de Ester,1, 13-22

O rei, irado com isto, todo transportado em furor, consultou os sábios, que andavam sempre junto dele, conforme o uso de todos os reis, e por cujo conselho fazia todas as coisas, pois conheciam as leis e costumes dos maiores. (1, 13)

(Perguntou-lhes, pois, o rei) a que pena estava sujeita a rainha Vasti, por não ter obedecido à ordem que o rei Assuero lhe tinha intimado por meio dos eunucos. (1, 15)

Mamucan respondeu em presença do rei e dos grandes: A rainha Vasti não somente ofendeu o rei , mas também todos os povos e todos os príncipes que há por todas as províncias do rei Assuero. Com efeito, o que a rainha fez chegará ao conhecimento de todas as mulheres, as quais serão assim levadas a desprezar os seus maridos e dirão: O rei Assuero mandou ir a rainha Vasti à sua presença, mas ela não foi. (1, 16—17)

De hoje em diante, as princesas da Pérsia e da Média, conhecendo o que a rainha fez, citarão isso mesmo a todos os grandes do rei, donde resultará muito desprezo e cólera. Se é, pois, do teu agrado publique-se por tua ordem um edito, e escreva-se conforme a lei dos Persas e Medos, (a qual não é permitido violar) que a rainha Vasti não torne a entrar jamais à presença do rei, e que a sua dignidade de rainha seja recebida por outra mais digna do que ela. Quando isto for publicado por todas as províncias do seu império (que é vastíssimo), todas as mulheres, tanto dos grandes como dos pequenos, honrarão os seus maridos. (1, 18—20)

Pareceu bem este conselho ao rei e aos grandes, e o rei procedeu segundo o conselho de Mamucan. Enviou cartas a todas as províncias do seu reino, a cada uma, conforme os seus caracteres, e a cada povo, conforme a sua língua, dizendo que os maridos são os senhores e os superiores em suas casas, e (mandando) que isto se publicasse por todos os povos. (1, 21—22)



Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

'Vashti Deposed' by Ernest Normand, 1890

«que a rainha Vasti não torne a entrar jamais à presença do rei,
e que a sua dignidade de rainha seja recebida por outra mais digna do que ela.»

fevereiro 12, 2012

Livro de Ester, 1, 9-12

A rainha Vasti também deu um banquete às mulheres, no palácio em que o rei Assuero costumava residir. Ao sétimo dia, o rei, quando estava mais alegre pelo calor do vinho, que tinha bebido com excesso ordenou [aos eunucos] que introduzissem à presença do rei a rainha Vasti, com o seu diadema na cabeça, para que todos os seus povos e grandes da corte vissem a sua beleza, porque era em extremo formosa. Ela, porém, recusou-se a obedecer à ordem do rei transmitida pelos eunucos. (1, 9—12)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«para que todos os seus povos e grandes
da corte vissem a sua beleza, porque
era em extremo formosa»

fevereiro 11, 2012

Livro de Ester (1, 5; 7)

Estando a terminar os dias do festim, convidou todo o povo, que se encontrava em Susa, desde o maior até o menor, e ordenou que, durante sete dias, se preparasse um banquete no átrio do jardim do palácio real (1, 5)

Os convidados bebiam por vasos de ouro, de diferentes formas. O vinho era servido em abundância, graças à liberalidade do rei. Ninguém constrangia a beber os que não queriam, antes tinha ordenado o rei aos da sua corte que deixassem cada um tomar o que quisesse. (1, 7)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

convidou todo o povo, que se encontrava
em Susa, desde o maior até o menor»

fevereiro 10, 2012

Livro de Ester (1, 1—3)

No tempo de Assuero (1), que reinou desde a Índia até à Etiópia sobre cento e vinte e sete províncias, quando ele se sentou no trono do seu reino, era a cidade de Susa a capital do seu império. Ora, no ano terceiro do seu império ofereceu um grande festim, a todos os seus príncipes e a todos os seus ministros. (1, 1—3)


(1) Assuero, do Livro Ester do Antigo Testamento, foi o rei persa Xerxes I (c. 519-c. 466 a.C.), filho de Dario e Atossa, filha de Ciro


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais,
pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis


Xerxes (c.519- 465 a.C.)

«… que reinou desde a Índia até à Etiópia sobre cento e vinte e sete províncias»

fevereiro 02, 2012


«O saber perene reconhece em cada forma
a representação de um significado,
a manifestação de um conteúdo,
a dedução de um princípio.»



Orlando Vitorino, Refutação da filosofia triunfante,
in "A Fenomenologia do Mal e outros ensaios filosóficos",

Lisboa, INCM, 2010, p.420

fevereiro 01, 2012



"A política é a arte de criar rebanhos de animais
que não são nem aquáticos nem aéreos mas terrestres,
que não são cornúpetos mas sem cornos, que não são
quadrúpedes mas bípedes, que não são plumados mas
têm a pele nua. A política é a arte de criar
rebanhos de bípedes implumes"


Platão, O Político, 265-268, cit. por
Orlando Vitorino, A Fenomenologia do Mal,
Lisboa, INCM, 2010, p.426