fevereiro 26, 2012

Livro de Ester, 6, 3-11

O rei passou aquela noite sem dormir, e mandou que lhe trouxessem o livro dos Anais, as Crónicas. Quando se fazia a leitura, diante dele, chegou-se áquele lugar onde estava escrito como Mardoqueu tinha descoberto a conjuração dos eunucos Bagatan e Tares, que tinham querido assassinar o rei Assuero. (6, 1—2)

Tendo ouvido isto, o rei disse: Que honra e que recompensa recebeu Mardoqueu por tanta fidelidade? Os seus servos e ministros disseram-lhe: Não recebeu nenhuma recompensa. O rei imediatamente disse: Quem está na antecâmara? Ora Aman tinha entrado no átrio interior da casa real, para sugerir ao rei que mandasse pôr Mardoqueu no patíbulo, que lhe tinha preparado. Os criados responderam: Aman está na antecâmara. O rei disse: Que entre. (6, 3—5)

Tendo entrado Aman, o rei disse-lhe: Que deve fazer-se áquele homem, a quem o rei deseja honrar? Aman, pensando no seu coração que o rei nenhum outro queria honrar senão a ele, respondeu: O homem, a quem o rei deseja honrar, deve tomar vestes reais, montar sobre um cavalo dos que o rei monta, levar sobre a sua cabeça um diadema real; o primeiro dos príncipes do rei leve pelas rédeas o seu cavalo e, indo pela praça da cidade, diga em voz alta: Assim é que será honrado todo aquele a quem o rei quiser honrar. (6, 6—9)

O rei disse-lhe: Vai depressa, toma o manto real e o cavalo, e faz tudo o que disseste ao judeu Mardoqueu, que está sentado diante da porta do palácio. Vê, não omitas coisa alguma das que disseste. Tomou, pois, Aman o manto real e o cavalo, ia adiante e clamava: É digno desta honra aquele a quem o rei quiser honrar (6, 10—11)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

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