junho 29, 2011



— «Via perfilar-se a cosa mentale, [ ] e pude então afirmar que compreendera. O prazer sexual não só era superior, em requinte e violência, a todos os outros prazeres que a vida podia comportar; não só era o único prazer não acompanhado de danos para o organismo, como contribuía, pelo contrário, para o manter ao mais alto nível da vitalidade e da força; era na verdade o único prazer, o único objectivo da existência humana, e todos os outros — associados a alimentos de luxo, ao tabaco, às bebidas alcoólicas ou à droga — eram apenas compensações irrisórias e desesperadas, mini-suicídios que não tinham a coragem de se nomear, tentativas para destruir mais rapidamente um corpo que já não tinha acesso ao prazer único.»

Michel Hoellebecq, op.cit.,p.320

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