julho 01, 2011



«Sento-me à mesa de trabalho, destapo a máquina de escrever
vou começar o meu retrato. Escrevo: não vivo no meu
endereço. Nunca vivi no endereço que dei. A singularidade
da minha experiência reside na observância da singularidade
da sua percepção. Paro e leio o que escrevi. Depois acrescento:
A história do mundo atravessa-me.»


[ana hatherly]
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A poetisa não se introspeciona nem se explica a si própria,
qual mónada singular do universo, onde se atravessa
a história do mundo o qual, enquanto causa de si,
existe em si e por si, sem outra essência
que a de simplesmente existir.

A poetisa mimetiza o seu criador! :)

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