março 27, 2012


«Esse est percipere et percipi»

março 26, 2012

março 25, 2012


Hashiguchi Goyo in Modus Vivendi

O meu desejo de ti
é forte para contê-lo —
assim ninguém vai culpar-me
se à noite for ter contigo
pela estrada de meus sonhos.



Ono No Komachi (834?-?), in "O Japão
no Feminino I Tanka - séculos ix xi
",
Assírio & Alvim, Lisboa, 2007, p.22

março 23, 2012



«Cuando el derecho se reduce a la elaboración estatal de las leyes, una «concepción voluntarista» o una «teoría del mandato» de la ley sustituye gradualmente a la idea de la ley como common law, es decir, a la idea de un processo acumulativo de elaboración de las leyes derivado de la costumbre (la lex terrae) y definido por el hallazgo del derecho [jurisprudência] de las decisiones judiciales.

Nuestra concepción legislativa del derecho adolece — según lo estamos descubriendo — de muchos inconvenientes. En primer lugar, el gobierno de los legisladores está abocando a una verdadera manía por legislar, a una temible inflación de leyes. [ ] el hecho es que la inflación legislativa desacredita al derecho.

Pero existen otros inconvenientes. No es sólo la cantidad excesiva de leys lo que disminuye el valor del derecho, es también su mala calidad. [ ] La cuestión aquí (…) [es] que el sistema no estaba pensado para que los legisladores remplazaran a los juristas y a la jurisprudencia. [ ] el deterioro actual de las leys en relación con su generalidad [es] el problema de la legislación dictada en función de unos intereses específicos. [ ] ese tipo de legislación sectorial sugiere una caracterización de la ley como si fuera una «orden».

Pero [lo más preocupante] es que la fabricación masiva de leyes acaba por poner en peligro el outro requisito fundamental del dercho: su certeza. La certeza no consiste sólo en una redacción precisa de las leyes, ni en el hecho de que sean leyes escritas; es además la certeza de futuro de que las leyes serán duraderas.

Por último, [ ] la teoría y la prática del «derecho legislado» (la concepción legislativa del derecho) nos acostumbra a aceptar todas las órdenes del Estado [ ]. La legitimidad se resuelve en la legalidad, y en una legalidad meramente formal, ya que rechaza por
meta-jurídico el problema de la ley injusta.

Sobre esta base pueden ocurrir dos cosas.

La primera es que los jueces dejen de considerarse como buscadores de la ley (en el proceso de administración de justicia) y se conviertan más y más en jueces-legisladores a la manera do políticos-legisladores; ambas categorías, cada vez com más frecuencia, enarbolan la ley como si se tratara de un triunfo. Si eso ocurre, la «república de los diputados» (como llamaban los franceses a su república) encuentra aquí un antagonista igualmente desintegrador en la «república de los jueces».

La segunda [ ] es que una vez que estemos habituados al dominio de los legisladores, el gubernaculum se libera vis-à-vis la iurisdictio. Lo que implica la factibilidad de la supresión legal de la legalidad constitucional.

Cuando el fascismo se instaló en el poder, el tránsito se produjo tranquilamente, casi inadvertidamente, y, a decir verdad, com una pequeña ruptura de la continuidad. Sucedió una vez y puede suceder de nuevo.

Non llegaré a afirmar que el tránsito del imperio de la ley al dominio por las leys que se aproxima veladamente al gobierno de los hombres, nos haya privado ya de la sustancia de la protección jurídica.

Pero deseo destacar que hemos llegado a un punto en el que tal protección depende de modo crucial de la supervivencia de un sistema de garantías constitucionales, dado que nuestros derechos no están seguros con una concepción de la ley meramente formal, positivista. [ ]

En las últimas décadas se há producido una demanda generalizada en favor de la «democratización» de la constitución [ ]. El ideal de estos reformadores es transformar la ley en simple legislación en un gobierno de los legisladores, liberado de las ataduras proprias de un sistema de frenos y contrapesos.

Así, pues, su ideal es una constitutión que no es ya, propria y estrictamente hablando, una constitución. Parece que no nos damos cuenta de que a medida que el denominado constitucionalismo democrático socava los logros del constitucionalismo liberal, más nos acercamos a la solución a la que llegaron los griegos, y que determinó su caída; a saber, que los hombres se vieron sometidos a leyes tan fácilmente cambiables que eran incapces de asegurar la protección de la ley.

Concurren, pues, muchos motivos de alarma. Mientras que la ley, como se entendia antiguamente, servía de modo efectivo de barrera frente al poder arbitrario, la legislación, tal y como se entiende ahora, puede convertirse en una garantía inexistente.»

Giovanni Sartori, Teoría de la democracia,
(«The theory of democracy revisited», 1987)
versión española, 2 vol.’s, Madrid,
Alianza Universidad, 1988, pp.404-7


Eis um livro de política de notável clareza e lucidez. Apresentar conceitos teóricos iluminados pela conotação e a significação histórica de que se revestiram no passado; fazer ver como os as forças sociais condicionam e são condicionadas pelo jogo e a interacção das circunstâncias históricas e sociais; manter a disciplina do raciocínio teórico na apreciação do modelo político democrático enquanto poder do povo com a salvaguarda da liberdade individual perante o Estado, não é tarefa fácil que se realize imune a enviesamentos de mera propaganda ideológica. Giovanni Sartori consegue-o com brilho nesta sua obra instrutiva que é um livro clássico de doutrina política.

março 21, 2012



O Fortuna, Imperatrix Mundi

O Fortuna,
Velut Luna
Statu variabilis,
Semper crescis
Aut decrescis;
Vita detestabilis
Nunc obdurat
Et tunc curat
Ludo mentis aciem,
Egestatem,
Potestatem
Dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
Et inanis,
Rota tu volubilis
Status malus,
Vana salus
Semper dissolubilis,
Obumbrata
Et velata
Michi quoque niteris;
Nunc per ludum
Dorsum nudum
Fero tui sceleris.

Sors salutis
Et virtutis
Michi nunc contraria
Est affectus
Et defectus
Semper in angaria.
Hac in hora
Sine mora
Corde pulsum tangite;
Quod per sortem
Sternit fortem,
Mecum omnes plangite!

------------- // ---------------

Ó Sorte,
És como a Lua
Mutável,
Sempre aumentas
Ou diminuis;
A detestável vida
Ora oprime
E ora cura
Para brincar com a mente;
Miséria,
Poder,
Ela os funde como gelo.

Sorte imensa
E vazia,
Tu, roda volúvel
És má,
Vã é a felicidade
Sempre dissolúvel,
Nebulosa
E velada
Também a mim contagias;
Agora por brincadeira
O dorso nu
Entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
E virtude
Agora me é contrária.

E tira
Mantendo sempre escravizado
Nesta hora
Sem demora
Tange a corda vibrante;
Porque a sorte
Abate o forte,
Chorai todos comigo!

março 19, 2012



«We’re an empire now, and when we act,
we create our own reality.

And while you’re studying that reality
— judiciously, as you will—we’ll act again,
creating other new realities, which you
can study too, and that´s how
things will sort out.

We’re history’s actors… and you, all of you,
will be left to just study what we do.»

—Senior adviser to former president George W. Bush,
as quoted in the New York Times Magazine, October 17, 2004,
cit. in Noam Chomsky, Making the Future, London,
Hamish Hamilton, Penguin Books, 2012

março 17, 2012

Livro de Ester, 9, 29-32; 10, 1-3

A rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, judeu, escreveram também uma segunda carta, para que com o maior cuidado ficasse estabelecido este dia solene para o futuro. Enviaram-na a todos os Judeus, que moravam nas cento e vinte e sete províncias do rei Assuero, para que tivessem paz e recebessem a verdade, observando os dias das sortes, e celebrando-os a seu tempo com grande alegria, como Mardoqueu e Ester tinham estabelecido; eles se obrigaram, por si e pela sua descendência, a guardar os jejuns, os clamores (a Deus), os dias das sortes, tudo o que se contem na história deste livro, que se intitula Ester. (9, 29—32)


O rei Assuero tinha feito tributária toda a terra e todas as ilhas do mar. Nos livros dos Medos e dos Persas se acha escrito qual foi o seu poder e o seu domínio, a dignidade e a grandeza a que ele exaltou Mardoqueu, de que modo Mardoqueu, judeu de nação, chegou a ser o segundo depois do rei Assuero, como foi grande entre os Judeus e amado pela multidão dos seus irmãos, procurando o bem do seu povo e interessando-se por aquilo que se referia à tranquilidade da sua raça. (10, 1—3)

-------------- // -------------

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

The Mausoleum of Esther and Mordecai
Hamadan

março 16, 2012

Livro de Ester, 9, 26-28

Desde aquele tempo, estes dias foram chamados Purim, isto é, das sortes, porque o Pur, ou a sorte, foi lançada na urna. Todas as coisas que aconteceram estão contidas no volume desta carta, isto é, deste livro. (9, 26)

Em memória do que sofreram e da (feliz) mudança que depois houve, os Judeus obrigaram-se por si e pelos seus descendentes, e por todos os que quiseram agregar-se à sua religião, que a nenhum fosse lícito passar sem solenidade estes dois dias que são indicados neste escrito, e se observam, em tempos determinados, pelos anos sucessivos. (9, 27)

Estes são dias que nunca serão esquecidos, e os quais todas as províncias de geração em geração celebrarão por toda a terra; não há cidade alguma onde os dias de Purim, isto é, das sortes, não sejam solenizados pelos Judeus e pela sua descendência, que está obrigada a estas cerimónias.
(9, 28)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«Desde aquele tempo, estes dias foram
chamados Purim, isto é, das sortes»

março 15, 2012

Livro de Ester, 9, 20-25

Mardoqueu escreveu todas estas coisas, e, resumindo-as numa carta, mandou-a aos Judeus que habitavam em todas as províncias do rei, tanto nas mais próximas, como nas mais remotas, a fim de que o dia catorze e o dia quinze do mês de Adar fossem para eles dias de festa, celebrados, todos os anos, com honras solenes, porque nestes dias se vingaram os Judeus dos seus inimigos, e o seu luto e tristeza converteram-se em festa e alegria. [ ] (9, 20—22)

Os Judeus admitiram entre os seus ritos solenes tudo o que começaram a fazer naquele tempo, e que Mardoqueu na sua carta lhes ordenou que fizessem. Com efeito, Aman, filho de Amadati, da linhagem de Agag, inimigo e adversário dos Judeus, formara contra eles o mau projecto de os matar e de os extinguir, e lançara sobre isto o Pur, que significa sorte. (9, 23—24)

Porém, tendo-se apresentado Ester ao rei, este ordenou, por escrito, que caisse sobre a cabeça do seu autor, o projecto perverso que Aman formara contra os Judeus, e que ele (Aman) e seus filhos fossem crucificados. (9, 25)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«Mardoqueu escreveu todas estas coisas, e,
resumindo-as numa carta, mandou-a aos Judeus»

março 14, 2012

Livro de Ester, 9, 16-19

Da mesma sorte por todas as províncias que estavam sujeitas ao império do rei, puseram-se os Judeus em defesa das suas vidas, matando os seus inimigos e perseguidores, em tão grande número que chegaram os mortos a setenta e cinco mil homens. Todavia nenhum (judeu) pôs a mão em coisa alguma dos seus bens. (9, 16)

No dia treze do mês de Adar começou a matança em toda a parte, e cessou no dia catorze. Ordenaram que este dia fosse solene, e que se celebrasse por todos os séculos seguintes com banquetes, regozijos e festins. Os que tinham executado a mortandade na cidade de Susa, empregaram nela os dias treze e catorze do mesmo mês; cessaram de matar no dia quinze. Por esta razão estabeleceram que se solenizasse o mesmo dia com banquetes e regozijos. (9, 17—18)

Os Judeus, porém, que habitavam nas cidades sem muros, e nas aldeias, destinaram o dia catorze do mês de Adar para os banquetes e regozijos, de modo que neste dia fazem grandes divertimentos e mandam uns aos outros alguma coisa dos seus banquetes e iguarias. (9, 19)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«No dia treze do mês de Adar começou a matança
em toda a parte, e cessou no dia catorze.»


Nota:- O quadro do pintor huguenote François Dubois
do séc. XVI d.C. retrata o massacre da noite de São Bartolomeu
de 1572, quando católicos franceses mataram protestantes
huguenotes em Paris, e não a matança dos partidários
de Haman, na Pérsia do séc.VI a.C.

março 13, 2012

Livro de Ester, 9, 11-15

Foi logo referido ao rei o número dos que tinham sido mortos em Susa. Ele disse à rainha: Na cidade de Susa mataram os Judeus quinhentos mortos, afora os dez filhos de Aman; quão grande cuidas tu que seja a mortandade que eles terão feito em todas as províncias? Que mais pedes, que queres tu que eu mande que se faça? (9, 11—12)

Ela respondeu-lhe: Se assim apraz ao rei, seja dado poder aos Judeus de fazerem ainda amanhã em Susa, o que fizeram hoje, e os dez filhos de Aman sejam pendurados em patíbulos. O rei ordenou que assim fosse feito, e lgo foi afixado em Susa o edito, e os dez filhos de Aman foram pendurados. Reunidos os Judeus no dia catorze do mês de Adar, foram mortos tresentos homens em Susa; porém não saquearam os seus bens. (9, 13—15)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«Ela respondeu-lhe: Se assim apraz ao rei,
seja dado poder aos Judeus…»

março 12, 2012

Livro de Ester, 9, 1;5-10

No dia treze do duodécimo mês, que, [ ], se chama Adar, quando estava destinada a matança de todos os Judeus e quando os seus inimigos estavam ansiosos do seu sangue, os Judeus, pelo contrário, começaram a ser mais fortes e a vingar-se dos seus aversários. (9, 1)


Fizeram, pois, os Judeus um grande estrago nos seus inimigos, mataram-nos, infligindo-lhes o mal que lhes apeteceu. Em Susa mataram quinhentos homens sem contar os dez filhos de Aman Agagita, inimigo dos Judeus [ ]. Tendo-os matado, não quiseram os Judeus tocar no despojo de seus bens. (9, 5—10)



Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«No dia treze do duodécimo mês,
que, [ ], se chama Adar»

março 11, 2012

Livro de Ester, 8, 15-17

Mardoqueu, saindo do palácio e da presença do rei, resplandecia com vestes reais, azuis e brancas, levando uma coroa de ouro na cabeça, e cobrindo-se com um manto de seda e de púrpura. Toda a cidade se encheu de festa e de alegria. (8, 15)

Aos Judeus parecia ter-lhes nascido uma nova luz, alegria, honra e júbilo. Em todos os povos, cidades e províncias, onde chegaram as ordens do rei, havia, entre os Judeus, uma alegria extraordinária, banquetes e festas, de tal sorte que muitos, dos outros povos e seitas, abraçavam a sua religião e as suas cerimónias, porque o nome do povo judaico tinha enchido todos de grande terror. (8, 16—17)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Pieter Lastman, Triumph of Mordecai (1624)
«Mardoqueu, saindo do palácio e da presença do rei,
resplandecia com vestes reais...»

março 04, 2012

Vou estar fora uma semana!

Livro de Ester, 8, 9-14

Chamados os secretários e escrivães do rei [ ] foram escritas as cartas [ ] e dirigidas aos Judeus, aos príncipes, aos governadores e chefes, que presidiam a cento e vinte e sete províncias do reino, desde a Índia até à Etiópia, a cada província segundo (os caracteres da) sua escrita, a cada povo em sua própria língua, e aos Judeus, em sua língua e em seus caracteres. Estas cartas, que eram enviadas em nome do rei, foram seladas com o seu anel, e levadas pelos seus correios, os quais, percorrendo com diligência todas as províncias, evitaram por meio destas novas ordens (o efeito) das primeiras cartas. (8, 9—10)

O rei mandou-lhes também que em cada cidade buscassem os Judeus, e lhes ordenassem que se unissem todos, para defenderem as suas vidas e para matarem os seus inimigos [ ]. Foi estabelecido por todas as províncias um (mesmo) dia de vingança [ ]. Uma cópia do edito, que deveria ser promulgado como lei em cada província, foi enviada aberta a todos os povos, a fim de que os Judeus, nesse dia, estivessem prontos a vingar-se dos seus inimigos. Os correios partiram imediatamente, levando os avisos, e o edito do rei foi afixado em Susa. (8, 11—14)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«... a cento e vinte e sete províncias do reino, desde a Índia
até à Etiópia, a cada província segundo (os caracteres da)
sua escrita, a cada povo em sua própria língua»

março 03, 2012

Livro de Ester, 8, 3-8

Não contente com isto, ela lançou-se aos pés do rei, e com lágrimas suplicou-lhe que frustrasse o mau desígnio de Aman, filho de Agag, as iníquas maquinações, que tinha urdido contra os Judeus. O rei, segundo o costume, estendeu para ela com a sua mão o ceptro de ouro, o que era sinal de clemência; levantando-se ela, pôs-se em pé diante do rei (8, 3—4)


e disse: Se assim apraz ao rei, se encontrei graça aos seus olhos e não lhe parece ser injusto o meu pedido, suplico que, com novas cartas, sejam revogadas as primeiras de Aman, perseguidor e inimigo dos Judeus, com as quais mandava que fossem estes exterminados em todas as províncias do rei. Pois, como poderei eu suportar a matança, o extermínio do meu povo? (8, 5—6)

O rei Assuero respondeu à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eu doei a Ester a casa de Aman, e a ele mandei-o crucificar, porque se atreveu a estender a sua mão contra os Judeus. Escrevei, portanto, aos Judeus em nome do rei, como bem vos parecer, e selai as cartas com o meu anel, porque, segundo o costume, as cartas enviadas em nome do rei e seladas com o seu anel são irrevogáveis. (8, 7—8)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

Pompeo Batoni, Esther Before Ahasuerus(1738-40)
«O rei [ ] estendeu para ela com a sua mão o ceptro
de ouro, o que era sinal de clemência»

março 02, 2012

Livro de Ester, 8, 1—2

No mesmo dia doou o rei Assuero à rainha Ester a casa de Aman, inimigo dos Judeus, e Mardoqueu foi apresentado ao rei, porque Ester lhe tinha confessado que ele era seu tio paterno. O rei tomou o anel que tinha mandado tirar a Aman, e deu-o a Mardoqueu. Ester estabeleceu Mardoqueu sobre a casa de Aman. (8, 1—2)


Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«No mesmo dia doou o rei Assuero à rainha
Ester a casa de Aman»

março 01, 2012

Livro de Ester, 7, 9—10

Harbona, um dos eunucos que estavam ao serviço ordinário do rei, disse: Sabei (ó rei) que em casa de Aman está levantado um madeiro, que tem cinquenta côvados de altura, o qual ele tinha preparado para Mardoqueu, que falou em defesa do rei. O rei disse-lhe: Pendurai-o nele. Foi, pois, Aman pendurado no patíbulo que ele tinha preparado para Mardoqueu. E a ira do rei aplacou-se. (7, 9—10)

Bíblia Sagrada, Antigo Trestamento, vol. II,
Versão segundo os textos originais, pelo
Padre Matos Soares, Tipografia Alberto de Oliveira, Lda.,
Imprimatur Portucale, die 7 Octubris 1955,
Antonius, Ep. Portucalensis

«O rei disse-lhe: Pendurai-o nele.»