setembro 11, 2011
«Afasta-te, diabo, que andas sempre distraído,
não vês Dona Urraca a rezar com o breviário
debaixo do braço. Parece sonâmbula, nem
repara em nós. Deito-lhe as mãos e
obrigo-a a confessar-se de
pecadoria geral.
Raios me partam se aquele fedúncias
do Menino das Enguias não é filho dela.
E a quererem passar por santos,
lá na terra querem todos ser santos,
dizem que são santos e ficam contentes,
bastam-se com pouco.
Fazem as maiores poucas-vergonhas
e são todos uns santos.
Então os primos mais
sociais da Grande Barbela
quanto mais pouca-vergonha,
mais missa e mais santos na família.»
:)
Ruben A., A Torre da Barbela (1964),
Assírio & Alvim, Lisboa, 1995, p. 230
5 comentários:
:) mesmo...
:))
Penitenciar-se: católicos.
É! Resolvem tudo
com uma confissão. :)
Nada simples.
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