«O guarda Gohloche personificava a maldade
mais detestável: a maldade posta ao serviço
dos grandes da terra. Uma maldade paga.
Já não lhe pertencia. Tinha-a vendido
a gente mais competente que a usava
para subjugar e mortificar todo um povo
miserável. Já não era senhor da sua maldade.
Devia conduzi-la e dirigi-la segundo certas
regras cuja atrocidade não variava.»
Albert Cossery, Os homens esquecidos de Deus
(«Les hommes oubliées de Dieu», 1927)
Trad. Ernesto Sampaio, Antígona, Lisboa, 2002, p.62
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