dezembro 09, 2009



Pois meus olhos não deixam de chorar
Tristezas que não cansam de cansar-me
Pois não abranda o fogo em que abrasar-me
Pode quem eu jamais pude abrandar
Não canse o cego amor de me guiar
A parte donde não saiba tornar-me
Nem deixe o mundo todo de escutar-me
Enquanto me a voz fraca não deixar
E se em montes, em rios, ou em vales
Piedade mora ou dentro mora amor
Em feras, aves, plantas, pedras, águas
Ouçam a longa história de meus males
E curem sua dor com minha dor
Que grandes mágoas podem curar mágoas


Ana Moura canta Camões

2 comentários:

Anónimo disse...

Vasco, bonito o poema.
Sabes, tive gripe A. Acabei de sair dela. O meu F., também teve.
Tivemos temperaturas altíssimas.Parece que estavamos a atravessar o Cabo das Tormentas. Mas, o que é mais engraçado, é que findo o período da gripe, parece que se renasce!
Está a aproximar-se o Natal. Vem devagarinho, mas chegará.
Bj

vbm disse...

:)) Ainda bem que já passou!

Sempre a convalescença
de uma doença nos renova :)

Eu constipei-me anteontem,
mas ainda não tenho febre...


Os dias continuam a diminuir,
até que Deméter cesse a sua zanga
com Zeus e suspenda a ameaça
sobre as colheitas; então,
os dias voltam a crescer
e a Natureza reequilibra-se. :)

bjs,
v.