Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
Clarice Lispector, Onde estiveste de noite, Relógio d'Água, s/d, p. 72
9 comentários:
Magnífico! A Clarice Lispector foi uma mulher especialíssima. A escrever, um espanto.
Deixo-te um abraço, Vasco :)
:)
O ciúme pode ser verde. Mas os olhos verdes não têm que estar a ele associados. Tudo o resto subscrevo. :)
:) lol, Já 'vejo' que tens os olhos verdes! E há os verdes-acastanhados, que devem ser os do ciúme saudável, o caso dos meus :)
Verdes-acastanhados, verdes escuros... saem quase sempre negros nas fotografias. Hum..."ciúme saudável"? :)
Ah que palavras tºao bonitas
:))
.
lol
«Ciúme saudável»
foi o resultado
que deu um teste
que fiz, em revista
de fim de semana!
:)
Ah, ainda bem que, no meio das outras leituras, ainda há tempo para os testes das revistas de fim de semana. :)
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Só fiz o teste!
Não li a revista :)
Sabes, Ana,
estas leituras
são de um tempo
pretérito...
No presente, por acaso,
estou a ler Flaubert,
o L'Éducation Sentimental.
Impressiona a iluminação e o transporte
naquela época de meados do século xix:
sem electricidade, sem automóveis,
sem comboios ainda!
A vivência das deslocações no espaço
era uma absoluta mudança de ares
e um novo começo de vida! :))
.
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