escultura de Francisco Simões
Ninguém tanto quanto Sócrates desprezou
a escrita, por falaz instrumento,
disse-nos. Porque nos faria esquecer
o mundo, memorizado até ao fascínio,
pelos olhos e pela fala. Mas eu amo-o,
porque no Fedro o seu pensamento
teve medo de perder a realidade,
se a muda mão duplicasse mesquinha
o esplendor dos dentes, da língua, do palato.
Se o silêncio, que sempre colocámos
por detrás das órbitas, se esvaziasse
dos sons e das figuras que o preenchem.
(fiama hasse pais brandão)
:))
Belíssimo poema!
Admirável advertência!
Que a escrita não nos faça «esquecer o mundo»,
nem a internet o esplendor dos sentidos.
a escrita, por falaz instrumento,
disse-nos. Porque nos faria esquecer
o mundo, memorizado até ao fascínio,
pelos olhos e pela fala. Mas eu amo-o,
porque no Fedro o seu pensamento
teve medo de perder a realidade,
se a muda mão duplicasse mesquinha
o esplendor dos dentes, da língua, do palato.
Se o silêncio, que sempre colocámos
por detrás das órbitas, se esvaziasse
dos sons e das figuras que o preenchem.
(fiama hasse pais brandão)
:))
Belíssimo poema!
Admirável advertência!
Que a escrita não nos faça «esquecer o mundo»,
nem a internet o esplendor dos sentidos.
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