Gosto mais de Camões do que de Pessoa.
Mas há dois poemas deste
que me fascinam
e empolgam:
[ ]
Linha severa da longínqua costa –
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe, a abstracta linha.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e com sensíveis
Movimentos de esperança e da vontade
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os beijos merecidos da Verdade.
Mas há dois poemas deste
que me fascinam
e empolgam:
[ ]
Linha severa da longínqua costa –
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe, a abstracta linha.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e com sensíveis
Movimentos de esperança e da vontade
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os beijos merecidos da Verdade.
As rosas amo do jardim de Adónis
Que em o dia em que nascem
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o Sol e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
5 comentários:
Eu adoro ambos! :))
:))
:)
Olha que no post a seguir a este,
a mim me parece que nunca Bach
se ligou tão bem como neste
trecho áquele poema!
Diz-me o que achas.
:))
Subscrevo - na íntegra!
:)
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