abril 13, 2009


Três excertos de um livro hermético,
quase ilógico:

L. Miranda, Relato de um homem quântico,
Angelus Novus, Coimbra, 2003, pp. 98; 101-3.

Ei-los,

«O problema que se punha naquele local
era compreender os mecanismos que permitiam
- caso fosse possível realizar a referida viagem -
viajar fora dos efeitos da entropia,
pois a duração da viagem ultrapassava
em muito a vida do viajante.

A única alternativa parecia ser
o viajante morrer primeiro e embarcar depois.» :)

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«Se um homem para assistir ao movimento da sua estrela
precisa de viver mais de mil anos,

quantos anos precisaria para consciencializar
que a desintegração do plano da matéria é vazio e sem fim

e que o espírito é a coroa do mundo abstracto?»

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«O herói grego,
que mais lembra persa antigo,
recusou o sonho do homem material:
ligar-se à máquina.

Assim, recusou a crença que afirma a duplicação da condição
humana, pondo fim a certos atavismos que torturam a alma
e libertam a comunicação planetária
............ através da introdução de eléctrodos no cérebro.

O seu grau de lucidez atira-o para os confins do Ser.
QUANDO entrecorta algo dotado de inteligência,
reflecte uma imensa agonia na sua máscara de fumo.»

5 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Estranho, sem dúvida.

Mas parece também interessante! :)

(nunca li nada do autor)

vbm disse...

:)

São brincadeiras de "filosofia-quântica"! :)) Mas é quase - para não dizer que é mesmo - incompreensível.

vbm disse...

...

Mas por acaso, quando, no passado, digitalizei aqueles extractos, houve uma mini-sequência de troca de impressões que, já agora, talvez seja pertinente editar também... Vou pensar: ou sim ou não :)

Unknown disse...

pensar sim é sim, pensar nao é nao, a diciculdade aparente resolve-se ao comunicar o incomunicavel;sim sao rosas ou o gato esta morto e vivo, qq coisa, ao acordar nem eu sei que sou l.miranda, autor ilogico

vbm disse...

Realmente, alma, é quiçá impossível retirar algum sentido de tanta contradição assombrosa!
Só me diverti, de espanto, com
tão inesperada divagação!

Recomendo o livrinho
só por divertimento!