fevereiro 25, 2009



«É que às vezes ela pensava pensamentos tão adelgaçados
que eles subitamente se quebravam no meio antes de chegar ao fim.

E porque eram tão finos,
mesmo sem completá-los
ela os conhecia de uma só vez.

Embora jamais pudesse pensá-los de novo,
indicá-los com uma palavra sequer.»

Clarice Lispector, O Lustre,
ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1995 , p. 46

6 comentários:

Tinta Azul disse...

Há pensamentos assim...

:)

vbm disse...

:)

Ana Paula Sena disse...

Achei interessante e gostei deste blogue experimental :)

Notei gosto pela música, e clássica! Não sou entendida também, mas amante com desmedida.

Apreciei igualmente a citação de Peirce.

Voltarei, para apreciar em continuidade...

vbm disse...

:) Obrigado pela visita, Ana Paula.

Peirce é admirável e surpreendente, no seu tempo. Tens de visitar a lua flutua com imagens e música de um encanto envolvente.

Marta Vinhais disse...

Também gosto de ler Clarice Lispector..
O equilibrio entre as coisas é frágil, só às vezes ou sempre?
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta

vbm disse...

:)

Olá, Marta.

Creio que há equilíbrios estáveis e instáveis. Os primeiros, se perturbados, iniciam uma trajectória a novo estado de equilíbrio - normalmente diferente e adequado à alteração ocorrida no estado de coisas. Já os equilíbrios instáveis são os que não têm tendência definida a recompor-se...

:)