«Num consultório manhoso de um bairro lisboeta, duas mulheres esperam a chegada do médico, em Novembro de 1975. Nas ruas cheias o ambiente é tenso e sucedem-se as manifestações, naquela sala lúgubre elas estão sós consigo próprias, aguardando a hora de serem atendidas. A segunda a chegar mete conversa e descobre conhecer a sua ocasional «parceira»: ambas são do Porto, da Foz, de classe social muito diferente (a mãe de uma trabalhou para a mãe da outra) e compercursos de vida completamente distintos. E são estes percursos que, afinal, no fundo, também têm muito em comum, é o «retrato» mais íntimo das duas mulheres, que o leitor vai descobrindo através de magistrais diálogos, pungentes e divertidos, entre ambas — e, em simultâneo,
interiores. Enquanto o médico não chega — e acabará mesmo por não chegar…»
Vasco Graça Moura, Duas Mulheres em Novembro,
Contos Inéditos Visão, Lisboa, 2006, texto da contracapa.
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