Nunca vi o filme India Song
de Margueritte Duras.
Pela estranheza e impressão
que causa nalguns espectadores
fico com grande curiosidade
de o ver...
Como poderei?
Em que grande ecrã vai?
Contudo, adivinho,
causa a impressão
que me deixou
o seu livro
Verão 80
«Disse para comigo
que se continuava a escrever sobre
o corpo morto do mundo e,
do mesmo modo
sobre o corpo morto do amor.
Que era nos estados de ausência
que o escrito se engolfava
para não substituir nada do que
tinha sido vivido
ou suposto tê-lo sido,
mas para ali consignar
o deserto por ele deixado.»
(Marguerite Duras, Verão 80)
2 comentários:
O filme é, de facto, belíssimo, Vasco! Mas também o julgo difícil de aceitar, já que é uma espécie de anti-filme. Há nele uma espécie de negação do movimento, da passagem do tempo... É também um filme-livro.
Eu revi-o agora, porque calhou apanhá-lo num dos canais de cinema que tenho por cabo. Mas existe o DVD e disponível, estou quase certa, numa Fnac.
Deixo-te um beijinho.
Hei-de tomar atenção.
Embora o prefira
na cinemateca.
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