abril 23, 2009



Aqui há uns vinte e três, vinte e cinco anos, foi quando começou a expansão dos computadores pessoais.

Um pouco antes li um artigo no Financial Times sobre a revolução profissional que se avizinhava pelo aparecimento da nova ferramenta: os PC's.

Já tinha podido observar, maravilhado, as fantásticas possibilidades de cálculo na modelação quantitativa do "devir", os cenários possíveis de evolução de variáveis dependentes de leis dadas...

No país vizinho, vi a mudança da noite para o dia, de todas os empregados de escritório equipados com o seu computador de secretária.

Esperei tranquilamente que o preço dos PC's baixasse para tratar de comprar um. Não me inquietei um segundo! Porquê? Pelo artigo que li no dito Financial Times.

Dizia o jornal: - se você sabe programar uma calculadora de bolso, fique à vontade: isso é muito mais difícil do que programar um PC!

Explicava: a memória de uma calculadora é muito menor do que a de um PC; isso exige uma muito maior mestria a programar um cálculo do que a necessária para resolver o mesmo problema no computador; aqui, pode escrever à vontade os passos do programa, pode ser redundante nos procedimentos e no raciocínio, porque tem memória disponível para uma tal deseconomia!

E essa foi, é a verdade. Pelo que, somos melhores e mais competentes do que qualquer máquina: sabemos o que lá «entra» e entendemos o que de lá «sai»; e se discordarmos, dizemos: o programa está mal feito!

1 comentário:

Ana Paula Sena disse...

Pois é! Eu também continuo a acreditar que somos infinitamente melhores.

Mas, ultimamente, tenho a sensação de viver com um pc acoplado à minha existência :) Uso-o mais do que o telemóvel, está sempre comigo, tenho saudades de livros e de papel, mas sei que estas vantagens de agora são imperdíveis, têm um potencial fantástico.

Gostei muito de ler este apontamento! Deveras. E li-o no pc, pois claro :))