março 22, 2009



«Era uma dessas máquinas expresso, com dois eixos acoplados,
de uma elegância fina e gigante, com as suas grandes rodas ligeiras
reunidas por braços de aço, o seu peitoril largo, os seus rins alongados
e pujantes, toda essa lógica e toda essa certeza que constituem a beleza
soberana dos seres de metal, a pressão na força.»

op.cit., p.126

5 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Magnífico detalhe literário!

Sempre me impressionaram as locomotivas :)

Tinta Azul disse...

também gosto das máquinas de ferro.

:))

mdsol disse...

[ mas meu caro, eu referia-me ao A D)

:))))

vbm disse...

[eu sei, rapariga! percebi. Só que esse, ao contrário de ti, nunca nada 'me disse', enquanto que ela, só aquela voz, é um encanto. Nota, porém, que da mesma geração, já achava simpático jean-paul belmondo, mas nada que se compare com a bela voz sorridente da da-li-da! :))]

vbm disse...

ana e luazul,

Em Espinho, as locomotivas a vapor desesperavam os veraneantes da avenida oito, no passadoiro vai-vem das noites quentes de lazer, ao apitar sem parar, interrompendo as conversas e disputando o espaço sonoro à música da cabine de som, e obrigando as raparigas a tapar os ouvidos, lol.

Se estacionavam, era impressionante ver os cuidados da água lançada em jacto para o depósito da locomotiva e o arranque lento, forte e sonoro da composição arrastada pela máquina, um espectáculo que suscitava o maior respeito e confiança na engenharia mecânica! :))

Hoje, espinho e a avenida oito está esventrada pela obra inacabada, - nos arranjos estéticos da superfície -, do túnel subterrâneo por onde passa o comboio.