«— És egoísta. Compreendeste-me mal. Não me refiro
a este corpo de esposo que me é recente e sim à minha
própria cabeça que tu mesmo consideras decisiva
e que me caracteriza como Nanda.
Sita, ultimamente, quando a mim se me dirigia
— falando naquela voz doce e maviosa que receava ouvir,
com medo de responder no mesmo tom — olhava-me
o rosto e chamava-me «Nanda», «querido Nanda».
Naquele momento parecia desnecessário mas, agora,
reconheço que era de alta significação espiritual.
Agora, tenho não somente a cabeça e os olhos
que ela tão ternamente sondava,
mas também o corpo do esposo
— e a situação está, portanto,
fundamentalmente alterada
em favor de Sita e no meu.»
op. cit., p. 126
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