MEMORANDO DE UMAS SOMBRAS
Termina o dia. O melro, a mulher e as sombras repartem
entre si o que resta. Ela dança, preparar a mesa,
como em redor de Vesta. O melro, a olhar o sol vago,
escolhe a folhagem densa para cumprir o destino.
Ociosas, as sombras perseguem gestos e as formas.
Fiama Hasse Pais Brandão, Epístolas e Memorandos,
Relógio d'Água, Lisboa, 1996, p.27
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