agosto 05, 2014

O sistema (monetário) tem de ser mudado, não pode continuar a anarquia de o endividamento automaticamente equivaler a emissão de moeda. É verdade que a economia de um país não é nunca um reflexo mimético da economia de uma família - nem esta uma mimese da de um país como ensaiou o grupo Espírito  Santo! - mas, justamente por serem abordagens distintas importa ancorar o crédito e o endividamento a algum rigor que imponha a exigência de uma preferência por aplicações não apenas individual mas também colectivamente rentáveis! Antigamente, a sóbria e difícil extracção de ouro, disciplinava preços, valorizava poupanças e requeria boas taxas de retorno de investimento para avançar empréstimos.  Depois, a ligação do ouro ao dólar, nos acordos de Bretton Woods, prosseguiu mais aliviadamente essa disciplina. A partir da 2ª crise de petróleo de 1979, e dado o desgoverno em que o dólar já andava com a administração Nixon e a guerra do Vietnam, tudo se desregulou e o único critério de emprestar dinheiro passou a ser a especialidade dos investimentos puramente inflacionários em bolhas especulativas que arruínam países e populações. Ora, é bom que as respectivas explosões de bolhas passem também a rebentar como verdadeiras implosões nas mãos manipuladoras das próprias especulações, para que os bancos e os mutuantes aprendam a distinguir quem trabalha e produz a riqueza de um povo, de quem somente vigariza os incautos e aparvalhados zés ninguém!

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