Às vezes mesmo,
por puro prazer,
inventava reflexões:
se uma pedra cai,
essa pedra existe,
houve uma força que fez com que ela caísse,
um lugar de onde ela caiu,
um lugar onde ela caiu,
— acho que nada escapou à natureza do facto,
a não ser o próprio mistério do facto.
Clarice Lispector, Perto do coração selvagem,
Relógio d’Água, 2000 [1944], p.93
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