e personifica a sabedoria. Os dracmas atenienses se tornaram
uma poderosa moeda no mundo grego.
«Péricles, por seu turno [argumentando contra os seus opositores], mostrava aos atenienses que não tinham que prestar contas aos aliados do dinheiro que deles recebiam.
«Nós combatemos, dizia ele, em sua defesa, e afastamos-lhes os bárbaros «das fronteiras; eles não fornecem para a guerra n em cavalos, nem «galeras, nem soldados; contribuem apenas com dinheiro que, uma vez «pago, não pertence mais àqueles que o entregam, mas sim aos que o «recebem, os quais não são obrigados senão a cumprir as condições que se «impõem recebendo-o. A cidade, abundantemente provida de todos os «meios de defesa que a guerra exige, deve empregar estas riquezas em «obras que, depois de concluídas, lhe assegurem uma glória imortal. «Oficinas de toda a espécie postas em actividade, o emprego e a fabricação «de uma quantidade imensa de matérias que alimentam a indústria e as «artes, um movimento geral que utilize todos os braços: tais são os «recursos incalculáveis que estas construções proporcionam já aos «cidadãos, que quase todos recebem, deste modo, salários do tesouro «público e é assim que a cidade tira, de si mesma, a sua subsistência e o seu embelezamento.»»
Plutarco, Péricles, Reformador de Atenas (429 a.C.),
Trad. A- Lobo Vilela, Lisboa, Ed. Inquérito Lda, p.29-30
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