«No fundo de todas as teorias encontramos [ ] as [ ] ilusões que muitas vezes denunciámos. [Uma] consiste em representarmos o movimento como a diminuição gradual de um intervalo entre a posição do móbil, que é uma imobilidade, e o seu termo supostamente atingido, que é imobilidade também, enquanto as posições não são mais que visões que o espírito tem do movimento indivisível: daqui a impossibilidade de restabelecermos a mobilidade verdadeira, quer dizer, as aspirações e as pressões que constituem, indirecta ou directamente, a obrigação.»
Henri Bergson, As duas fontes da moral e da religião,
(«Les deux sources de la morale et de la religion», 1939),
Trad. Miguel Serras Pereira, Lisboa, Almedina, 2005 p.226.
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