Não sei assim do que de mim foi feito daquele que não fui.
O que não fui não conta é cousa que abjurei mas ainda existe.
Existe e persiste na sua memória cecretamente.
A outra face a de quem não fui e não quis que o fosse
é o outro lado desta face que é a verdadeira ou não. Não sei assim do que de mim foi feito daquele que não fui.
Lago de Nóbrega*
In "Jorge Barbosa, Poesia Inédita e Dispersa", Pref., organiz. e notas de Elsa Rodrigues dos Santos, Edições ALAC - África, Literatura, Arte e Cultura, Lda., Lisboa, 1993, p. 103
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