dezembro 20, 2010



Epístola para os amados

Ainda vos amo, porque aqui não há só tempo
e o amor, no tempo, é tão intenso e absoluto,
que transborda do tempo para o não-presente.
Havendo tempo e não-tempo, eu vos confesso agora
que em parques ao poente ainda vos estou a amar.
E não que vos ofereça hoje alucinados versos,
mas porque do meu tempo sois donos, como os poemas
que eu escrevo do tempo para o não-tempo, sempre.



Fiama Hasse Pais Brandão

2 comentários:

Anónimo disse...

Lindo o poema :-)
Vasco desejo que tenhas passado um Natal muito feliz. Desejo, ainda que tenhas um Fim de Ano cheio de alegria e felicidade.

No horizonte, lá bem no horizonte
tenho um não tempo, que existe e perdurará.
Um tempo de infinita ternura.
Um esconder para sempre.
Um esconder de andorinhas, de mar e
maresia.
Uma praça, um espaço de tanto mar.
Um entardecer bêbado de sabores, e do secreto abraço envolto em volúpia.

heller


Muito bonito o teu Blog.

Feliz passagem de ano,
beijos
Heller

vbm disse...

Obrigado, Heller! :)

Um bom ano novo,
também para ti
e todos os teus.


A poesia de Fiama
vibra na sensibilidade
de cada um porque
há sempre na saudade
o não presente
que sobrevive
no não-tempo.

beijos,
Vasco.