novembro 08, 2010
Portugal produz por ano bens e serviços no valor de aprox.
150 mil milhões de euros, 30 mil milhões de contos.
Ao estrangeiro deve cerca de 300 mil milhões,
i.e. 2 anos de produção; metade da dívida
é do Estado, a outra metade é devida
pelos bancos, empresas e famílias.
Mudar esta dependência dos credores
exige que as empresas, o estado,
as famílias paguem
o que devem,
aceitando manter algum nível de dívida
digamos entre ¼ ou ½ da produção anual,
ou seja entre 37 e 80 milhões de euros.
Uma redução do endividamento desta grandeza,
de 300 para digamos 50 mil milhões, em p.e.,
5 anos, exigiria uma amortização anual
de 50 mil milhões, ou seja 1/3 do produto
anual, um quadrimestre de produção.
Se alargarmos o período de redução da dívida
de 5 para 10 anos, mesmo assim, 2 meses
de produção e rendimento
teriam de aplicar-se
anualmente ao
pagamento
da dívida.
Vendo o problema em termos per capita,
na perspectiva de rendimento de um
assalariado ou pensionista,
2/14 a 4/14 avos do rendimento anual
algo como 15 a 30 % do salário ou pensão
tem de ser pago aos credores,
ou na forma de redução do consumo
ou na de passar a produzir
em 3 dias tanto quanto
antigamente
em 4 dias;
isto em paralelo com idêntico
sacrifício nos rendimentos
dos pensionistas, rentistas,
capitalistas e usurários.
No quadro desta situação
é inadmissível não exigir
austeridade a todas
as instituições e classes sociais.
2 comentários:
Muito bem! A todas as classes e, sobretudo, às mais possidentes.
:)))
.
Há progressividade nos impostos.
Mas quanto ao capital, só
a propriedade imobiliária
é tributada porque, justamente,
não pode mobilizar-se de abalada
para o estrangeiro!
E, além de tributada é espoliada
pela lei dos arrendamentos urbanos
congelados, sem direito a despejo
por falta pagamento!
Mas há várias outras iniquidades
que inquinam a economia e a sociedade.
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