«A Lua, redonda e cor de púrpura,
erguia-se na linha do horizonte,
ao fundo da planície.
Subia rápida entre os ramos dos choupos,
que a ocultavam a espaços,
como uma cortina preta, esfarrapada.
Depois apareceu, deslumbrante de brancura,
no céu vazio que ela iluminava; e então,
abrandando a marcha, deixou cair
sobre a ribeira uma grande mancha clara,
que se dividia numa infinidade de estrelas,
e o clarão argênteo parecia torcer-se ao fundo
da água, como uma serpente sem cabeça,
coberta de escamas luminosas.»
op.cit.,II.12, p.215
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