junho 03, 2010

(continuação 6)

«Contudo, enquanto se desencaminhavam multidões
submetidas às normas de uma ética bárbara,
aqui, em Dofa, a pobreza do país
havia deixado a vida escorrer preguiçosamente
e o povo consagrar-se sem esforços degradantes
a ocupações benéficas, tais como a pesca,
a horticultura, um artesanato aperfeiçoado
na indolência e na dignidade; e, sobretudo,
o povo assinalara aqui a sua resistência
às modas decadentes, continuando a exprimir-se

por meio de uma linguagem humana.»

(continua)

Albert Cossery, Uma ambição no deserto,
(«Une ambition dans le désert», 1975),
trad. Ernesto Sampaio, Antígona, Lisboa, 2002,
(pp. 15-16-17)

2 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Deixo-te um abraço com votos de bom feriado :))

vbm disse...

.

:)

Obrigado e bom feriado também.

Com o tempo a melhorar,
medito que a praia
é uma boa maneira
de fugir aos
impostos!

Uma verdadeira aplicação on-shore :)