(continuação 1)
«Mas o que horrorizava Samantar sobremaneira
era aquilo que os tecnocrtas ocidentais
denominavam no seu jargão barroco
«expansão económica».
Protegidos por esta fórmula de bruxa malvada,
os antigos colonialistas esmifravam-se por fazer
perpetuar as suas rapinas, introduzindo em povos
sãos — que não precisavam de possuir um carro
para fazer prova da sua presença sobre esta terra
— a psicose do consumo.»
(continua)
Albert Cossery, Uma ambição no deserto,
(«Une ambition dans le désert», 1975),
trad. Ernesto Sampaio, Antígona, Lisboa,
2002, pp. 15-6-7
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