maio 06, 2010

(continuação 4)

«Nesta ambiência selvaticamente perturbada,
os carros avançavam como se fossem
engenhos sem condutor, sem ligar
às luzes dos semáforos,

transformando assim para o peão qualquer
veleidade de atravessar a rua
num gesto suicidário.»

(continua)

Albert Cossery, As cores da infâmia,
(«Les couleurs de l’infamie», 1999),
trad. Ernesto Sampaio, Antígona, Lisboa, 2000

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