maio 25, 2010

(continuação 1)

«Aliás, não devia esperar qualquer consolação daqueles espíritos obtusos, incapazes de avaliar no seu justo valor a incomensurável desgraça da sua situação. Como poderia explicar-lhes que o motivo do desespero que sentia [era] a visão da sua cidade natal e a aterradora perspectiva de aí ter de permanecer o tempo suficiente para morrer de aborrecimento.»

(continua)

Albert Cossery, Uma conjura de saltimbancos,
(«Un complot de saltimbanques», 1975),
trad. Ernesto Sampaio, Antígona, Lisboa, 2001, pp. 7-8

5 comentários:

Ana Paula Sena disse...

...as boas leituras continuam... :)

"morrer de aborrecimento" e com "espíritos obtusos" parece um destino dos piores! Dito com a voz da excelente literatura.

Deixo-te um abraço, Vasco.

Ana Paula Sena disse...

Gostei de ouvir o Leonard Cohen.

vbm disse...

É uma canção apaixonante.

:)

candida disse...

é muito engraxado!

vbm disse...

Porquê!? Piegas, é? Não sei, não me parece. Quando uma pessoa se apaixona fica mesmo assim, toda entregue até ao fim. Se evitar apaixonar-se, arrisca-se menos... :))