(continuação 1)
«Aliás, não devia esperar qualquer consolação daqueles espíritos obtusos, incapazes de avaliar no seu justo valor a incomensurável desgraça da sua situação. Como poderia explicar-lhes que o motivo do desespero que sentia [era] a visão da sua cidade natal e a aterradora perspectiva de aí ter de permanecer o tempo suficiente para morrer de aborrecimento.»
(continua)
Albert Cossery, Uma conjura de saltimbancos,
(«Un complot de saltimbanques», 1975),
trad. Ernesto Sampaio, Antígona, Lisboa, 2001, pp. 7-8
5 comentários:
...as boas leituras continuam... :)
"morrer de aborrecimento" e com "espíritos obtusos" parece um destino dos piores! Dito com a voz da excelente literatura.
Deixo-te um abraço, Vasco.
Gostei de ouvir o Leonard Cohen.
É uma canção apaixonante.
:)
é muito engraxado!
Porquê!? Piegas, é? Não sei, não me parece. Quando uma pessoa se apaixona fica mesmo assim, toda entregue até ao fim. Se evitar apaixonar-se, arrisca-se menos... :))
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