»— Não, não — respondeu Platão. — Não foi assim que mereceu dos deuses o nome do mais sábio dos homens; foi a fazer cabeças, a formar corações, que se ocupou enquanto viveu. O segredo perdeu-se com a sua morte. Sócrates morreu e os belos dias da filosofia passaram. Estes farrapos, que os sistemáticos usam orgulhosamente, são bocados da sua roupa. Ainda mal tinha fechado os olhos, já os que aspiravam ao título de filósofos se lançavm sobre a sua túnica e a despedaçavam.
Denis Diderot, As jóias indiscretas, («Les bijoux indiscrets», 1748)
Publicações Europa-América, Lisboa, 1976, cap. XXXII, pp. 145-9
2 comentários:
Olá, Vasco :)
De algum modo, será sempre necessário voltar a Sócrates...
Este quadro que retrata os últimos minutos de vida do filósofo, sempre o achei magnífico!
Um abraço e votos de um excelente domingo.
Vinte e cinco séculos,
e ainda hoje a sua vida
é ensinada e meditada!
Enviar um comentário