» Começava a adormecer e a minha imaginação a levantar voo, quando vi saltar ao meu lado um animal singular. Tinha cabeça de águia, pés de grifo, corpo de cavalo e cauda de leão. Apanhei-o, apesar das suas curvetas, e, agarrando-me às crinas, saltei-lhe lestamente para o dorso. Imediatamente desdobrou as compridas asas e senti-me transportado nos ares com uma rapidez incrível.
Denis Diderot, As jóias indiscretas, («Les bijoux indiscrets», 1748)
Publicações Europa-América, Lisboa, 1976, cap. XXXII, pp. 145-9
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