O Jogo de Cartas, de Balthus, em 1948-50
(continuação)
««O tempo é uma criança que faz (de) criança, que joga.»
Perversa ligeireza do jogo infantil: o tempo cíclico é como ela,
lamina-nos divertindo-nos, mas esta espiral não tem fim,
porque todos os jogos sobrevivem aos seus jogadores
e escolhem novos que chegam;
os jogos estruturam o mundo, e só os jogadores ingénuos ou
megalómanos acreditam que são eles que o conduzem.»
(continua)
op. cit., p.190
2 comentários:
Uma ideia fértil e, sem dúvida,interessante, a do jogo como estrutura do mundo e do estar no mundo.
Gosto muito desta pintura de Balthus :)
.
Toda a ciência não é senão
um jogo de interpretação
da natureza;
obedecendo-lhe,
dominamo-la!
Pois,
só «a ignorância da causa
nos priva do efeito.» (Bacon)
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