junho 20, 2009


(Fotografia de José Marafona)

O amor que não devasta
Não é amor.
A brasa
Pode espalhar acaso
Um calor de fogueira?
Noite e dia, durante
Toda a sua vida, o amante
Verdadeiro consome-se
De dor e alegria


Omar Khayyam, Rubaiyat

2 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Olá, Vasco

Infelizmente, não consegui ver a imagem.

Mas o poeta diz aqui uma verdade "terrível" (?). Convida à reflexão.

Deixo votos de um bom fim-de-semana (pelos vistos com muito, muito calor!) :)

vbm disse...

:) Corrompeu-se o 'link' à imagem e não a tinha guardado em arquivo próprio. Encontrei outra, talvez adequada ao poema... «amor que devasta», «noite e dia», as cinzas da fogueira em que o amante se consome, - o artista amputa-lhe uma perna, e hermafroditiza-o num corpo homem-mulher, na quase indistinção dos verdadeiros amantes... :) A outra pintura também era bonita, iraniana aliás, tenho-a só editável em 'papel' («word») - ou melhor, não sei transferi-la para uma edição de foto digital.

Bom-fim-de-semana.