«O cocktail ( ), festa ritual da sociedade intelectual ( ) O salão de recepção e o jardim coberto pela tenda do fornecedor de banquetes são pequenos de mais
para conter tanta coisa falsa; as pessoas não estão lado a lado, apertam-se umas contra as outras. Têm ciúmes e detestam-se ao ponto de fazer
sorrisos que significam insolentemente que não significam nada.
( ) Toda a gente se anula numa banalidade sem apetite.»
Júlia Kristeva, Os samurais («Les samouraïs», 1990),
Trad. Pedro Tamen, Difusão Cultural, 1991
3 comentários:
Sem apelo nem agravo: Nu e cru o retrato de certos ambientes. Muito mais disseminados do que seria desejável.
Caríssimo Vasco: este blog está a tornar-se uma lição quotidiana. Um desafio permanente.
Um prazer, portanto.
:))
:))
Na verdade, estes textos de leituras passadas, - que digitei porque já havia internet e os achava belíssimos para serem dados a conhecer -, emocionaram-me muito ou pela exactidão do sentimento que descrevem - o caso deste! como dizes -, ou pela verdade que proclamam, a beleza que admiram ou o bem que desejam.
Eu tenho muitos pequenos excertos que posso editar, a conta gotas, tipo Sherazade :), mas um dia terei de 'pescar' no teu blog as belas imagens que se adequem às letras destes escritores, poetas e pensadores :))
Hummm :) Excelente apontamento sobre a hipocrisia. O meio intelectual consegue ser de fugir, com a pretensão do refinamento.
É bem difícil cuidar da alma!
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