abril 22, 2009


Julia Kristeva, O velho e os lobos («Le vieil homme et les loups», 1991),
Trad. Pedro Tamen, Difusão Cultural, Lisboa,1993



Um conto filosófico alusivo à convulsão social nos países de Leste,
após a queda do muro de Berlim, pela diferenciação abolida
entre exploradores e explorados,
restaurando a velha selva
homo homini lupus.



Escreve Kristeva, «persisto em pensar [ ]
que quodlibet ens não é «o ser não importa qual»,
mas «o ser tal que de qualquer maneira importe».

[No fundo,] «o desejo mútuo das nossas qualidades vulgares».
«Há um X tal que que pretence a Y.» — Crisipo divertia-se
a extrair valores morais dessa trivialidade lógica.

[ ] Nós somos assim, e pronto.
Oferecidos nas nossas maneiras,
gerados pelas nossas maneiras.


[ ] Sim, na noite dos grandes homens,
o meu quodlibet reparte para a raíz
do «principium individuationis».

Afinal, é a ele que seria preciso salvar urgentemente [ ]
Ele o quodlibet [ ]. Por favor, peço uma trégua [ ].

Por agora, tentem pensar que existe um X tal que
se vos expõe: irritante, pensável, amável.»

(pp. 161-3)

:))

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