março 31, 2009



O bico do compasso, que
marca o centro que não se vê,
não canta como o bico
da ave que é o centro do
canto que ocupa. No
entanto, roda o compasso
como se o movessem
asas; e desenha, no papel,
o circulo que, no ar,
a ave sugere.

Elegante também,
este outro poema
de Nuno Júdice :)

4 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Elegante, sem dúvida!

Elegante como um compasso. Sempre o vi assim, leve, leve... :)

vbm disse...

Hei-de editar aqui mais versos,
sucintos, precisos, rigorosos.
Muito belos. Torga tem alguns
de uma força enxuta,
deslumbrante!

mdsol disse...

O poema é esbelto de tão elegante!
E concordo com o que diz do Torga!
:))

vbm disse...

:) É. E espantoso, o Torga.
O que me deixa mais impressionado
é a poesia sucinta, breve e sublimemente expressiva.
Como é que se consegue tudo dizer num impulso,
de um só jacto, como nesses poemas inspirados!? :)