agosto 19, 2008



Au pays parfumé que le soleil caresse
J'ai connu, sous un dais d'arbres tout empourprés
Et de palmiers d'où pleut sur les yeux la paresse,
Une dame créole aux charmes ignorés.

Son teint est pâle et chaud; la brume enchanteresse
A dans le cou des airs noblement maniérés;
Grande et svelte en marchant comme une chasseresse,
Son sourire est tranquille et ses yeux assurés.

Si vous alliez, Madame, au vrai pays de gloire,
Sur les bords de la Seine ou de la verte Loire,
Belle digne d’orner les antiques manoirs,

Vous feriez, à l’abri des ombreuses retraites
Germer mille sonnets dans le cœur des poètes,
Que vos grands yeux rendraient plus soumis que vos noirs.

Baudelaire

3 comentários:

Peter disse...

Baudelaire, do qual "l'étranger" é o meu preferido. A pintura é um Gauguin?

P.S. - Não queres publicar? Reconheço que tenho estado a ocupar o espaço, mas como me sinto melhor, estou a abusar ...
Abraço.

vbm disse...

:) É Gaugin.

Nota, Peter, que eu não sou nada criativo, o mais que faço é editar este ou aquele verso ou prosa que simplesmente haja conhecido e apreciado. Tenho muito gosto em intervir lá, mas é difícil para mim fazer algo diferente disto que digo. Quando muito, faço alguma incursão ao cosmos, mas só para não perceber como o mundo é! :))

Peter disse...

Não precisas ser criativo, as imagens e os poemas são sempre boas escolhas. Vou parar a publicação por uns dias para entrares.
Quanto ao Cosmos estou como tu: fascina-me, mas não o compreendo.
Abraço e bom fds.