«Já de lábios exangues, rezou:
— Ó tu, que não tens princípio nem fim,
que existias antes da criação! O povo honra-te
com a imolação de inumeráveis criaturas,
pois a ti é devido o sangue,
a vida de todos!
Porque não hei-de obter a tua misericórdia
para a minha salvação, oferecendo-me a mim próprio,
em holocausto? Bem sei que nem assim poderei ficar livre
deste ego e não mais ser Shridaman, para quem toda
a volúpia não é mais do que perplexidade,
pois que não é ele que a desperta!»
Pronunciadas estas palavras,
ergueu a espada do solo
e separou do tronco a própria cabeça.»
op. cit., p. 76
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