«No recinto escavado na rocha, Shridaman
atravessou a sala de audiência
dirigindo-se ao âmago do templo,
à matriz da grande Mãe.
Ao pé da escada, Shridaman estremeceu
e recuou titubeante. A figura de Kali era horrível.
Cercado por uma moldura de crânios e de mãos e pés decepados,
o ídolo sobressaía da parede de rocha viva. Adornavam-na
uma coroa resplandecente, e colares e cinto de ossos
e membros cortados, e os seus dezoito braços
formavam uma roda vertiginosa.
Ela brandia espadas e fachos ardentes.
Sangue ainda quente fumegava na taça feita de um crânio
que com uma das mãos levava à boca,
enquanto uma poça de sangue se estendia a seus pés.»
op. cit., p. 74
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