novembro 17, 2011



«[ ] Todo o mundo se transformou na aldeia global da informação
simultânea, como o consequente aparecimento de uma engenharia
social que molda uma opinião pública mundializada [ ].
O homem massa transformou-se em audiência,
em consumidor, em vítima potencial
de novas armas de destruição
massiça.

Com a transmissão de dados à velocidade da luz,
com a banalização dos satélites de telecomunicações,
grupos poderosos como Estados tratam a informação.
[ ] São agências globais de informação audiovisual [ ].

[ ]

Não será que a guerra não passa da continuação da política
por outros meios e vice-versa? O comércio como o substituto
da guerra ou aquilo com que se faz o comércio é aquilo com que
se faz a guerra?

Qual a fronteira que separa a informação da propaganda,
a comunicação da acção psicológica? Não será
que a informação-espectáculo do poder
mediático nos faz viver em regime
de realidade virtual?»

Bem Comum dos Portugueses, Jorge Braga de Macedo,
José Adelino Maltez, Mendo Castro Henriques,
Lisboa, Vega, 1999, p.202-3

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